Ex-guerrilheira encontra paz em Jesus: “Minha alma estava ferida”

Na Colômbia, muitas mulheres e crianças são recrutadas para trabalhar na guerrilha.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023 às 18:04
A ex-guerrilheira convertida a Cristo se casou e abriu uma igreja local com o marido. (Foto: Portas Abertas)
A ex-guerrilheira convertida a Cristo se casou e abriu uma igreja local com o marido. (Foto: Portas Abertas)

Reina (nome fictício por motivos de segurança) nasceu em Urabá, na Colômbia, onde nem mulheres ou crianças são poupadas da guerrilha. Ela foi recrutada quando ainda era uma menina e mal conseguia segurar uma arma.  

Urabá é uma região conhecida por causa das plantações de bananas e também por ser um dos maiores centros de conflitos entre as guerrilhas. 

Por lá, as pessoas costumam depositar suas esperanças nos guerrilheiros, considerando que eles podem lhes proporcionar segurança e melhores oportunidades de vida, já que o governo é ausente.

Nessa confiança, Reina caminhava por vários dias na selva, mas revela que por dentro vivia uma verdadeira tortura: “Minha alma estava ferida, cheia de ódio por causa das injustiças que presenciei antes de me juntar à guerrilha”. 

‘Apesar da pressão, sobrevivi’

Reina conta que cumpria diversas tarefas: mobilização de pessoas, patrulha e transporte de armas. 

“Todos os dias ia de um lugar ao outro. Somado a isso, era destratada e abusada de todas as formas possíveis por ser mulher. Apesar da pressão, sobrevivi. Eu tornei-me uma guerreira, uma lutadora”, ela disse.

Mas sua luta não lhe dava paz e Reina era só uma guerreira ferida. De acordo com a Portas Abertas, porém, um dia sua história mudou. A organização conta que ela tomou uma decisão: “Jesus encontrou Reina e ela deixou os grupos armados para tornar-se filha de Deus”.

‘Terei bravura para servir a Cristo’

“Reina deixou para trás toda a ira que tomava seu coração e isso enfureceu seus antigos aliados da guerrilha. Apesar das dificuldades, ela permaneceu firme em Cristo”, conta a Portas Abertas em seu site.

“Eu tinha suportado muitas dificuldades por uma causa humana vã. Agora sou desafiada a enfrentar lutas por algo maior e verdadeiro: o amor de Cristo. Enfrentarei com prazer. Tive coragem para usar uma arma, terei ainda mais bravura para servir a Cristo”, ela afirmou. 

Pouco depois da conversão, Reina conheceu o marido e juntos fundaram uma igreja local. Eles começaram com alguns cultos domésticos e em pouco tempo já eram uma grande congregação.

“Seguirei servindo a Jesus enquanto eu viver”

Quando perceberam essa realidade, grupos armados ameaçaram Reina de morte. Eles exigiam que ela voltasse à guerrilha e parasse de pregar o Evangelho, ao que ela respondeu: “A minha vida não está nas suas mãos ou de qualquer outra pessoa. Apenas Deus pode decidir o dia de minha morte. Seguirei servindo a Jesus enquanto eu viver”.  

Atualmente, Reina e o marido sonham em construir um abrigo para crianças da região que viveram uma realidade parecida. 

Reina compartilha que quando jovem a guerrilha a afastou de Deus e agora ela quer evitar que outra geração de jovens colombianos vivam o mesmo.

“Entendo os desafios da realidade em meu país e quero fazer a diferença. Ainda não tenho recursos, mas confio nos propósitos e na provisão do Senhor”, concluiu.

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