‘Fomos carregados pelas orações’, diz mãe de bebê que sobreviveu a doença rara e grave

Nixon foi diagnosticado com Síndrome Hemolítica-Urêmica, uma condição médica rara e grave, que afeta principalmente os rins e o sistema sanguíneo.

Fonte: Guiame, com informações da CHVNAtualizado: terça-feira, 26 de setembro de 2023 às 18:00
Nixon Koop intubado no Hospital Infantil em meados de julho [à dir.]; Nixon, sorridente, em casa com sua irmã Rylee [à esq.]. (Fotos: Arquivo pessoal)
Nixon Koop intubado no Hospital Infantil em meados de julho [à dir.]; Nixon, sorridente, em casa com sua irmã Rylee [à esq.]. (Fotos: Arquivo pessoal)

Nixon estava com 17 meses quando adoeceu, levando enorme preocupação para a família Koop, após o menino apresentar fortes dores de estômago.

No entanto, os pais de Nixon testemunham que aquela experiência terrível para a família, que mora na cidade de Steinbach, na província de Manitoba, no Canadá, os deixou mais próximos de Deus e uns dos outros.

Após experimentar o menino reclamar durante dois dias de dor contínua, desconforto e perda de apetite, sua mãe Jaycia Koop começou a suspeitar que algo estava errado.

Jaycia foi aconselhada por sua mãe a levar Nixon ao médico, onde “por sorte” havia ocorrido o cancelamento de uma consulta de última hora.

“Eu sabia que já era o Senhor [nos ajudando]”, disse Jaycia.

Diagnóstico preocupante

Após a consulta médica, ficou a suspeita de que Nixon poderia estar sofrendo de intussuscepção, uma condição na qual os intestinos se dobram sobre si mesmos, resultando em extrema dor, o que poderia explicar os sintomas que ele estava experimentando.

Entretanto, durante a troca da fralda no consultório médico, observaram vestígios de sangue, levando o médico a encaminhá-los rapidamente para o Hospital Infantil de Winnipeg.

Após a realização de testes e uma série de exames de sangue, foi determinado que Nixon estava sofrendo de SHU, a sigla para Síndrome Hemolítica-Urêmica.

O médico comunicou a Jaycia e seu marido, Mike, que Nixon estava enfrentando insuficiência renal e necessitaria de tratamento de diálise.

“O que não sabíamos na época era a gravidade da SHU de Nixon. Em casos muito graves, as convulsões podem fazer parte dela, onde o sangue afeta o cérebro”.

Diálise e convulsões

Eles foram admitidos no hospital na quinta-feira e, na sexta-feira, Nixon teve uma convulsão que durou oito minutos, seguida por várias convulsões menores.

No mesmo dia, ele passou por sua primeira sessão de diálise, e logo após, seu médico renal fez uma breve visita, comentando: "Levando em consideração tudo, ele teve um dia relativamente estável, mas temo que ainda não tenhamos visto o pior para Nixon."

No domingo, seus níveis de oxigênio despencaram e Nixon foi intubado.

"Felizmente, Mike estava presente lá novamente", disse Jaycia.

"Quando olhamos para trás, vemos todos os momentos realmente significativos, desde o diagnóstico até a grande convulsão e agora a intubação, e houve outras situações críticas ao longo de sua jornada em que Mike não deveria estar lá, mas estava”, declarou.

“Muitas vezes, formamos uma equipe de apoio, e em todos esses momentos cruciais, ele esteve presente! Sabemos que isso foi obra do Senhor e Sua bênção para mim, porque não sei como teria lidado com isso sem ele."

Conforto de Deus

Jaycia compartilha que, durante seu período na UTI Pediátrica, em seu momento de maior desespero, sentiu que o Senhor a confortou e falou com ela.

"Eu simplesmente orei ao Senhor pedindo uma visão de Nixon em pé, usando uma mochila e segurando uma placa do seu primeiro dia de jardim de infância. Naquele instante, eu senti que o Senhor me estava transmitindo a mensagem de que Nixon ficaria bem”, lembrou.

“Ele falaria, carregaria a sua mochila até o jardim de infância, e essa imagem foi o meu ponto de esperança durante todo esse período", compartilhou Jaycia.

Nixon com seus pais e sua irmãzinha. (Foto: Arquivo pessoal)

Nixon teve o tubo de respiração retirado (extubação) e retomou o tratamento de diálise renal. Esses cuidados continuaram por um período de seis semanas.

"Houve várias coisas que me mantiveram firme", disse Jaycia. "O fato de saber que o Nixon não tinha escolha, ele tinha que continuar. Ele precisava passar por todos esses procedimentos. Muitas vezes, senti vontade de sair correndo do hospital e nunca mais olhar para trás", compartilhou ela.

Outro fator que deu forças a Jaycia foi o apoio da comunidade e a consciência de que muitas pessoas estavam orando por eles.

"Só de saber que as pessoas estavam orando, especialmente nos momentos em que eu não tinha palavras, forças ou energia. Eu realmente acredito que fomos levados nas asas dessas orações", disse Jaycia.

"As pessoas simplesmente se uniram ao nosso redor. Recebemos vales-presente, refeições, vales-presente para gasolina e estacionamento. Ficamos profundamente humildes e somos eternamente gratos por todo o apoio."

Fé como fonte de apoio

Jaycia afirma que a maior fonte de apoio durante essa situação traumática foi a sua fé.

"Não sei como as pessoas conseguem atravessar traumas sem a presença do nosso Senhor e Salvador. Mesmo tendo a esperança do céu e este relacionamento com o Senhor, tem sido tão difícil, mas realmente sentimos que fomos sustentados", disse Jaycia.

Jaycia compartilha que essa experiência também a ajudou a fortalecer sua fé e a crescer espiritualmente.

"Ao crescer como cristã e frequentar a igreja, você ouve frases como 'paz que excede todo o entendimento'. Posso realmente dizer que entendo o que isso significa. Houve alguns dias incrivelmente sombrios que pareciam tão desesperadores, e as pessoas me enviavam orações ou me diziam que estavam orando, e eu sentia essa paz. Simplesmente tinha uma paz inexplicável”, disse.

“Por mais desafiador que tenha sido este período, também foi incrivelmente enriquecedor para a minha fé e me lembrou do que é verdadeiramente importante na vida", compartilhou Jaycia.

Nixon está oficialmente em casa há algumas semanas e está se recuperando bem.

"Ele está alegre de novo. Meu coração também está transbordando de felicidade! Ele já passou por tantas provações. Chegar até aqui, vê-lo sorrir, correr e brincar novamente é verdadeiramente o presente mais precioso!"

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