Muçulmana se converte após ouvir a voz de Deus: “Ele nos criou para adorá-lo”

Aisha Granger foi perseguida pela família e teve a casa incendiada pelo marido por se tornar cristã.

Fonte: Guiame, com informações de Voice of the Martyrs Atualizado: sexta-feira, 26 de maio de 2023 às 19:54
Aisha foi perseguida pela família ao se tornar cristã. (Foto: VOM).
Aisha foi perseguida pela família ao se tornar cristã. (Foto: VOM).

Aisha Granger nasceu na etnia Fulani, uma tribo nômade africana, e cresceu seguindo o islã na Nigéria.

Conforme a tradição muçulmana mais radical, a menina não recebeu educação formal, mas foi enviada a um colégio de estudos islâmicos. Ao completar 18 anos, ela se casou e logo teve filhos. 

Como uma muçulmana devota, Aisha se tornou representante estadual da Federação de Mulheres Muçulmanas e até transformou a sala de sua casa em uma mesquita para as mulheres de sua comunidade poderem rezar.

“Eu costumava ser uma muçulmana muito fanática”, contou ela, ao The Voice of the Martyrs (VOM). 

“Fomos ensinados que os cristãos são infiéis e não devemos fazer amizade com eles; não devemos ouvi-los porque eles não são adoradores de Alá. Sempre fomos encorajados a ficar longe dos cristãos porque eles nos fariam nos afastar de nossa fé”.

Quando a mulher estava na casa dos 20 anos, passou a sofrer de fortes enxaquecas, que a deixavam debilitada.

Aisha usou todos os remédios recomendados pelos curandeiros tradicionais, mas nada adiantou. 

Em seu último recurso, ela foi instruída a recitar uma passagem do Alcorão quatro vezes e sacrificar quatro carneiros. De acordo com a tradição, se ela não fosse curada após o isso, significaria que tinha pouco tempo de vida.

Encontrando o Deus da Bíblia

A mulher cumpriu o sacrifício, mas não recebeu a cura e acreditou que estava prestes a morrer. Até que certo dia, enquanto realizava um ritual, a muçulmana caiu no chão e ouviu uma voz mansa, dizendo: “Quero que você me adore".

No mesmo instante, Aisha soube que se tratava do Deus dos cristãos. A partir deste dia, ela começou a buscar a verdade em Jesus.

Durante quatro anos, a mulher se afastou do islã, leu a Bíblia e frequentou uma igreja, secretamente. 

“Eu nunca tinha ouvido falar de salvação antes no Islã. Não há nada disso. Sua salvação é apenas por suas boas ações. Mesmo assim, Alá decidirá se você irá para o paraíso ou não. Não há garantia”, explicou ela.

A jovem aprendeu que Jesus morreu na cruz por seus pecados e bastava ela crer que seria salva. Mesmo correndo risco, Aisha entregou sua vida a Cristo.

Perseguida pelo marido

Sua nova fé não agradou seu marido, que se divorciou dela e tentou incriminá-la no tribunal da Sharia. Mas com ajuda do pastor de Aish, o caso foi para o tribunal de magistrados.

“Se o caso tivesse passado pelo tribunal da Sharia, eles provavelmente teriam decidido contra ela e ela teria perdido seus filhos”, observou um funcionário da VOM.

A cristã enfrentou pressão e ameaças de sua própria família e comunidade, e chegou a ter sua casa incendiada pelo esposo.

Diante da perseguição, Aisha quase chegou a desistir e pensou em se suicidar. Foi quando a VOM, uma organização que apoia cristãos perseguidos, a ajudou a passar pela provação e a se mudar para um local seguro.

Hoje, a ex-muçulmana vive com seus dois filhos e cursa o seminário teológico. Aisha continua recebendo mensagens com ameaças de sua família, mas não se arrepende de sua decisão de seguir a Jesus.

“Deus nos criou para ser seus seguidores, para adorá-lo e ser obedientes a Ele”, declarou ela.

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