Mulher que teve órgãos esmagados por trem desgovernado relata milagre: “Deus é grande”

Geralyn Ritter sofreu diversas lesões e teve uma recuperação difícil.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: terça-feira, 12 de março de 2024 às 12:16
Geralyn Ritter. (Foto: Reprodução/CBN News)
Geralyn Ritter. (Foto: Reprodução/CBN News)

Geralyn Ritter testemunhou sobre a graça de Deus após sobreviver a um acidente de trem nos Estados Unidos.

“Tive uma reunião em Washington e peguei o trem para voltar para casa naquela tarde. Lembro de sentar no banco, pegar meu telefone e mandar uma mensagem para Jonathan: 'Saindo da Filadélfia, chego em casa em breve. Mal posso esperar para ver vocês’”, relembrou ela à CBN News.

Depois de falar com seu marido Jonathan Ritter, Geralyn notou que o trem estava indo rápido demais. Então, os passageiros começaram a balançar e ela caiu no chão. 

“Lembro de ouvir meu próprio grito. E essa é minha última lembrança”, disse ela.

Na época, a CBN News relatou o acidente onde o trem saiu dos trilhos. As autoridades disseram que o transporte estava a 170 quilômetros por hora. Pelo menos sete pessoas morreram e várias outras estavam desaparecidas.

“Vi algo no noticiário que dizia descarrilamento de trem. Eu sabia que ela estava no trem e começou a parecer que era uma situação muito ruim”, disse Jonathan.

Geralyn estava no primeiro vagão quando o trem saiu dos trilhos na Filadélfia. Seu marido, rastreou seu telefone até o local do acidente e correu para lá na esperança de encontrá-la viva.  

“Meu filho, Austin, passou a noite toda enviando mensagens e ligando para pessoas nos hospitais. E ele dizia: 'Pai, você precisa encontrá-la'. De madrugada, enviei uma mensagem para ele: 'Nós a encontramos. Ela está viva'”, relembrou Jonathan.

Estado grave

Geralyn foi levada em estado grave para um hospital de traumas. Os médicos duvidavam que ela sobreviveria aos próximos dias devido à gravidade dos ferimentos. 

No entanto, três dias depois ela acordou do coma. Ela não conseguia se mexer e apenas se comunicava piscando os olhos.

No hospital, Geralyn foi informada que havia sofrido um acidente e lesionou os órgãos do abdômen. 

“Seu peito foi esmagado, suas costelas foram esmagadas. E é por isso que você não pode respirar sozinha agora”, disse um médico.


Geralyn no hospital. (Foto: Reprodução/CBN News)

Ela teve outros ferimentos, incluindo uma pélvis quebrada e sangramento no baço. Apesar da gravidade do acidente, Geralyn não sofreu uma lesão cerebral. 

“Como você sai do trem com força suficiente para quebrar a pélvis ao meio e não sofrer algum tipo de lesão cerebral grave? Isso é um milagre”, afirmou Jonathan.

Enquanto estava imobilizada e com dor, Geralyn se voltou para o Senhor. Ela contou: 

“A única coisa que posso fazer agora é orar. E Ele me segurou. Lembro de sentir muita dor e repetidas vezes, apenas agradecíamos por eu estar aqui, por ainda estar viva”. 

E continuou: “A esperança e a gratidão nos manteve fora desse abismo”.

Após oito cirurgias e cinco semanas na UTI do hospital, Geralyn recebeu alta para continuar a se recuperar em casa. 

Quando seu filho lhe mostrou fotos do vagão do trem, ela se lembrou da misericórdia e da bondade de Deus: “Não sei como sobrevivi, mas isso mostra que Deus é grande”.

Recuperação

Desde então, Geralyn contou que precisou fazer mais cirurgias e teve uma recuperação difícil. Contudo, a gratidão a Deus pela vida permaneceu em seu coração. Ela reconheceu que o Senhor a sustentou durante todo o processo.


Geralyn comemorando a recuperação. (Foto: Reprodução/CBN News)

“O acidente fortaleceu minha fé de muitas maneiras. Eu sei que não teria sobrevivido sem a minha fé. Houve muitos momentos que foram difíceis e eu pensei: ‘Não posso continuar fazendo isso’. Mas, a força que Deus me deu para superar alguns desses pontos baixos, e a força que veio da nossa comunidade de fé e de outras pessoas tiveram impacto. Eu não estava sozinha”, disse ela.

“Consideramos isso um presente milagroso”, contou Jonathan.

“Vi meus filhos terminarem o ensino médio. Eu vi um deles se formar na faculdade. Tenho uma vida linda e sou muito, muito grato por isso”, afirmou ela. 

“Eu luto com a palavra 'milagre'. É uma palavra complicada. Prefiro a palavra 'graça'. A graça é um presente imerecido. E aquelas outras pessoas não mereciam morrer. Não acredito que merecia viver. Apenas recebi um presente de Deus”, concluiu.

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