Manith Sanchez, uma refugiada que fugiu da ditadura do ex-primeiro-ministro do Camboja, Pol Pot, no final da década de 1970, nunca tinha ouvido falar de Jesus.
Hoje, ao contar seu testemunho, ela afirma a evidência da provisão de Deus em sua vida.
“Quase fui morta tantas vezes. Qualquer coisa poderia ter acontecido comigo, mas por algum motivo Deus preparou meu caminho”, disse ela ao IMB.
Manith é de família budista e cresceu em uma fazenda nas montanhas do Camboja. No entanto, ela se mostrou resistente à religião do Camboja.
“Por alguma razão, sempre fui contra as tradições budistas. Eu era a excêntrica de toda a minha família. Eles praticavam o budismo o tempo todo, mas eu não”, relembrou Manith.
“Deus já tinha planos para mim. Eu não o conhecia antes, mas Ele me conhecia”, acrescentou.
A avó de Manith, que era a líder da família, planejou enviar a neta para estudar no exterior.
Porém, em 1975, o Estado comunista assumiu o governo cambojano e os rumores de assassinatos generalizados aumentaram em todo o país.
“Meu nome estava na lista de capturados que seriam mortos. Eu me casei com um homem que trabalhava para o governo, então nós dois estávamos na lista”, informou Manith.
Em 1976, a cidade onde Manith morava foi bombardeada. Ela precisou fugir da região com a família.
E o que seria uma viagem de intercâmbio, se tornaram anos em busca de um local seguro.
Encontro com Jesus
Nesse período, Manith enfrentou campos de extermínio, execuções em massa, campos de trabalho forçado e a morte de seu filho primogênito. Tempo depois, os sobreviventes chegaram à fronteira da Tailândia.
Segundo o IMB, foi no campo de refugiados de Khao I Dang, na Tailândia, que Manith ouviu o nome de Jesus pela primeira vez.
“Paul e Wendy [missionários dos Estados Unidos] foram as primeiras pessoas que me apresentaram a Cristo”, contou Manith.
Manith viu Paul debaixo de uma árvore com a Bíblia nas mãos falando sobre um homem chamado Jesus.
Depois disso, todos os domingos ela ia até o local para ouvir o missionário pregar o Evangelho. Paul e Wendy deram a Manith uma Bíblia em seu próprio idioma.
Então, certo domingo, ela declarou: “Quero conhecer Jesus pessoalmente”.
Enquanto muitos refugiados faziam planos para morar em outro país, Manith perguntou se poderia morar no Céu.
Paul e Wendy a encorajaram a estudar a Bíblia e discipularam Manith junto com outros novos convertidos entre os refugiados. Não demorou muito, ela foi batizada.
Chamado
Manith escreveu um livro chamado “The List”, onde detalha sua experiência de vida como refugiada. Nele, ela também destaca o impacto do ministério de Paul e Wendy para ela e outros refugiados.
“Com quase nenhum conhecimento das línguas cambojana, laosiana ou tailandesa, eles acreditavam que Deus poderia usá-los para apresentar Jesus aos refugiados desses países”, informou Manith.
Manith disse que o milagre do seu ministério foi a fé nas Escrituras quando a colocaram nas mãos dos refugiados, sabendo que a Palavra de Deus não voltaria vazia.
Embora Paul e Wendy tenham falecido, a mensagem permanece nos corações daqueles que foram alcançados.
“Na verdade, no fundo do meu coração, desde o dia em que conheci Jesus, eu queria muito que todas as pessoas do mundo o conhecessem”, disse Manith.
“Quero compartilhar com o mundo como encontrei Jesus. Contudo, eu não o encontrei, Ele me encontrou”, concluiu.
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