Tetraplégica diz que acidente a fez encontrar Jesus: “Ele curou minha alma”

“Todas as manhãs digo a Jesus que não posso viver sem Ele, por isso peço pela Sua força, mostrando minha dependência sincera”, diz Joni.

Fonte: Guiame, com informações da GOD TVAtualizado: terça-feira, 15 de agosto de 2023 às 14:42
Joni Eareckson Tada. (Foto: Captura de tela/YouTube Joni and Friends)
Joni Eareckson Tada. (Foto: Captura de tela/YouTube Joni and Friends)

Joni Eareckson Tada, uma pintora tetraplégica, musicista e escritora, conta em seu testemunho divulgado em seu canal do YouTube “Joni and Friends” e no site God TV, como Deus transformou sua vida após um terrível acidente sofrido antes de entrar na faculdade. 

Ela cresceu numa família cristã que a cercava de histórias bíblicas e de muito atletismo. “Fomos para um retiro espiritual de fim de semana, onde as crianças foram desafiadas pelo orador a comparar suas vidas com os Dez Mandamentos”, contou. 

Ao final do acampamento, Joni disse que se reavaliou: “Bem, eu nunca cometi adultério e acho que não roubei nada em grande estilo. Mas, refletindo sobre os dez mandamentos, um a um, senti que ainda estava errando o alvo”. 

Joni disse que Deus a ajudou a entender o que o Evangelho realmente significa: “A princípio, fiquei preocupada com o fato de Deus ter nos dado um monte de mandamentos que Ele sabia muito bem que não poderíamos cumprir”. 

“Mas então, isso me atingiu e eu entendi: ‘É por isso que Jesus veio’. Ele guardava os mandamentos. Foi ele quem obedeceu à lei”, continuou. 

A vida depois do acidente

Aos 14 anos, após a revelação durante o acampamento, Joni disse que sentiu necessidade de Jesus e que se converteu verdadeiramente. Ela pediu por um relacionamento mais profundo e íntimo com Deus.

Mas, um acidente a fez questionar novamente. Semanas antes de ir para a faculdade, sua irmã a convidou para ir à praia e algo terrível aconteceu.

“Eu nadei até uma jangada, eu era muito atlética. Subi nela e dei um mergulho realmente estúpido, porque as águas eram extremamente rasas. Bati a cabeça e quebrei a quarta vértebra cervical”, lembrou.

“Fiquei ali na água, esperando desesperadamente que minha irmã Kathy notasse que eu não havia ressurgido do meu mergulho. Quando ela viu, eu estava flutuando, quase me afogando”, continuou. 

A irmã nadou rápido para salvá-la, a retirou da água e Joni foi socorrida pelos médicos, que logo depois disseram que ela não poderia mais andar: “Eu não poderia mais usar meus pés ou minhas mãos”. 

‘Uma cura bem mais profunda’

Joni disse que ainda se lembra de como falou a Deus: “É essa sua ideia? Essa é a sua resposta à minha oração, de querer estar mais perto do Senhor?”. Depois disso, ela conta que entrou numa depressão profunda. 

Durante as visitas de vários amigos cristãos, Joni ainda se lembra de uma palavra compartilhada: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro”. (Jeremias 29.11)

Ela questionou, porque a tetraplegia era algo altamente prejudicial em sua opinião. Mas, ao se lembrar do povo que foi levado cativo para a Babilônia, sofrendo por décadas, ela chegou à conclusão de que o plano de Deus era estratégico para sua vida. 

“O futuro esperançoso para mim não era necessariamente pular, dançar, fazer aeróbica, correr ou caminhar. A cura que Deus tinha para mim era muito mais profunda”, presumiu. 

‘Ele curou minha alma’

Após o acidente, Joni disse que foi empurrada para os braços de Deus: “Não sou especialista em tetraplegia, mas todas as manhãs digo a Jesus que não posso viver sem Ele, por isso peço pela Sua força, mostrando minha dependência sincera”. 

“Eu preciso da graça Dele, todos os dias, ou melhor, em cada momento. E eu experimento a presença mais doce, preciosa e íntima com Jesus”, disse.

Ao comentar sobre o texto de Jeremias 29, ela conclui: “Quando Deus nos diz que não tem planos de nos causar danos, isso não significa o corpo físico ou nossas circunstâncias. Ele nunca vai danificar a nossa alma”.

“E mesmo que nosso corpo seja prejudicado, isso servirá para enriquecer nossa alma. Viver 46 anos assim não é fácil, eu tenho dores crônicas. Enfrentei um câncer de mama há alguns anos também”, continuou.

“Conversando com meu marido, chegamos à conclusão de que os nossos sofrimentos são como pequenos respingos do inferno, que nos acorda do sono espiritual. E os momentos bons e fáceis são respingos do céu. Encontrar Jesus durante os respingos dos nossos momentos difíceis é um êxtase incomparável, que eu não trocaria por nenhuma caminhada neste mundo”, finalizou.  

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