‘Uma experiência de quase morte me levou a Jesus’, testemunha ex-viciada em cocaína

O testemunho de Michelle Steele está em seu livro “Escapando do Inferno”, onde relata sua vida de autodestruição.

Fonte: Guiame, com informações do PremierAtualizado: terça-feira, 9 de janeiro de 2024 às 15:36
Michelle Steele testemunha sobre resgate de Jesus em sua vida. (Foto: Reprodução/Premier)
Michelle Steele testemunha sobre resgate de Jesus em sua vida. (Foto: Reprodução/Premier)

Michelle Steele tinha estava prestes a fazer doze anos quando foi molestada por dois adultos – um da escola e o pai de uma amiga. O abuso foi insuperável para a adolescente que depois disso, começou a se autodestruir.

Aos 15 anos, ela fugiu de casa e acabou nas ruas de Nashville, estado americano do Tennessee. A partir daí, as coisas só pioraram para Michelle, que entrou para a prostituição.

“Me envolvi com um homem que me convenceu a vender meu corpo. Por causa da vergonha que sentia em meu coração pelo que aconteceu comigo quando era uma menina, eu fiz isso”, conta.

Michelle mantinha aquele episódio em segredo achando que a culpa era dela:

“Nunca contei a ninguém sobre o abuso – pensava que fosse minha culpa. Eu estava cheia de ódio por mim mesma, então tomei a decisão de fugir da realidade tanto quanto possível. Isso significava usar drogas. Eu dizia: ‘Nunca ficarei sóbria!’”.

Michelle, que escreveu seu testemunho no livro “Escaping Hell” (Escapando do Inferno, em tradução livre), reconhece que estava se autodestruindo e acreditava que sua vida não tinha valor.

“Eu estava envolvida em furtos em lojas e prostituição. O que começou com fumar maconha progrediu rapidamente. Logo, eu era uma drogada, viciada em agulha. Tive filhos naquela época e outras pessoas os criaram. Isso aumentou minha vergonha – todos os dias eu tentava anestesiar a dor”, relembra.

Condenada

Michelle conta na época, seu marido roubou três postos de gasolina e ela estava no carro quando isso aconteceu.

“Eu enfrentaria dez anos de prisão se fosse condenada. Antes de meu marido ir ao tribunal, alguém lhe deu um adesivo de morfina. Foi-lhe dito que havia o suficiente para três dias, por isso, se fosse mandado para a prisão, poderia dormir durante os primeiros dias do seu processamento”, conta.

Mesmo sendo libertado sob fiança, o marido de Michelle decidiu colocar o adesivo de morfina em seu corpo. Por estar defeituoso, o adesivo liberou a substância referente a todos os três dias de morfina em seu corpo em apenas 24 horas.

“Percebi que havia algo errado e, quando ele parou de respirar, tentei fazer o RCP [procedimento de ressuscitação]. Chamei uma ambulância. Eles o ressuscitaram, mas ele ficou tanto tempo sem oxigênio que seu cérebro começou a inchar. Os médicos me disseram que ele nunca se recuperaria. Nós o tiramos das máquinas e ele morreu naquele dia”, relata.

Um vislumbre de esperança

Mesmo enquanto seu marido estava naquelas máquinas, as pessoas levavam cocaína para Michelle, que se escondia no banheiro do hospital, onde se drogava.

“Mas um dia antes de morrer, meu marido visitou a igreja de sua avó. Enquanto estava lá, ele aceitou Jesus Cristo como seu Senhor e orou com alguém”, conta ela.

Michelle conta também que se recusou a ir com ele à igreja naquele dia.

“Eu disse: Deus me odeia, não vou à igreja. As paredes cairão, os raios cairão…’”.

“Mas o homem que orou com meu marido veio ao hospital e me levou para a capela. Ele começou a falar comigo. Pela primeira vez na minha vida, ouvi a verdade sobre o que Jesus fez na cruz por mim. Lembro-me de sentir um lampejo de esperança. Eu disse: ‘Se Jesus quiser me ajudar, preciso da ajuda dele’. O homem me conduziu na oração do pecador. Foi nesse momento que abri a porta para o Senhor”, testemunha.

‘O inferno é real’

Após a morte do marido, Michelle conta que estava tentando se limpar e pediu a Deus que a ajudasse, mas ela não entendia realmente o que era nascer de novo.

“Acabei voltando ao uso de cocaína por três dias sem parar. Eu estava secretamente me injetando em um bar e tomei tanto que meu coração parou e deixei meu corpo”, relembra.

“A escuridão me cercou e me vi diante de uma caveira. Eu tive muita clareza. Foi como se todas as coisas que obscureciam minha capacidade de ver a verdade tivessem sido eliminadas. Eu pude ver que o inferno era real”, conta sobre a experiência.

“Mãos saíram da escuridão e começaram a me alcançar. Elas estavam tentando me atrair para aquele lugar de punição. Eu me virei e corri com todas as minhas forças. Enquanto fazia isso, voltei ao meu corpo. Acordei com uma pessoa realizando RCP em mim”, relata.

Michelle diz que em um minuto estavam tentando medir seu pulso e no minuto seguinte ela estava acordada, chutando e gritando.

“Eu estava lutando como se aquelas mãos ainda estivessem me alcançando. Saí correndo do bar e continuei até perceber que havia voltado para o meu corpo e me acalmado”, diz.

Hoje escritora, Michelle diz que isso aconteceu em uma manhã de domingo.

“Então voltei para a igreja que havia orado por meu marido. Eu disse: ‘Eu morri esta manhã, você pode me ajudar?’ Eles oraram comigo e eu realmente entreguei minha vida. Isso foi há 31 anos. Tenho andado com o Senhor desde então”, testemunha.

Livre para viver

Michelle conta que sua vida foi milagrosamente transformada por Jesus.

“Não sou mais a mulher que se odiou e se levou à destruição. Hoje tenho Deus na minha vida e nunca quero ficar sem ele. Foi pela misericórdia de Deus que eu não morri naquele dia”, acredita.

“Agora quero que outras pessoas saibam a verdade. Quero que as pessoas que estão nesse modo de autodestruição saibam que é possível se livrar da vergonha e viver uma vida estável e cheia da paz de Deus e da alegria do Senhor”, diz.

“Eu pensava que Deus não queria nada comigo. E isso é o que está mais longe da verdade. Deus está muito interessado em ajudar as pessoas”, afirma. 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições