Na sexta-feira da semana passada, o ex-presidente Lula fez um discurso inflamado para militantes do PT, da CUT e sindicatos trabalhistas. O encontro ocorreu horas depois do cumprimento do mandado de condução coercitiva, executado pela Polícia Federal, que o levou a depor na delegacia do aeroporto de Congonhas.
Além de sua casa em São José dos Campos, outras propriedades que estariam ligadas ao ex-presidente, como o sítio em Atibaia e casas no Rio de Janeiro e na Bahia também foram investigados pela Polícia Federal.
Ao falar sobre seu depoimento na Polícia Federal, Lula apontou a atitude dos policiais como "desrespeitosa".
"Eles transformaram a minha importância política em uma subordinação a empresas envolvidas na Lava Jato, sem lembrar da quantidade de palestras que eu fiz pelo país, sem lembrar o tanto que eu defendi esse país. Às vezes, ao invés de me ofender, eu fico me perguntando: 'P** por que tanta ingnorância?", destacou.
O presidente também comparou a condução das investigações, que têm levado a medidas como as que foram tomadas na semana passada, a atos de perseguição e chegou a citar o sofrimento de Jesus Cristo, ao falar sobre assunto.
"Eles abandonaram todos os Pacús, todos os Jaús e foram pegar o Lambari. Eu falo para o meu filho: 'Não fica com raiva. É assim mesmo. Vamos suportar. Jesus Cristo sofreu mais do que nós. Tiradentes foi crucificado e somente depois de mais de cem anos que ele foi transformado em herói. Se a gente tem que pagar esse preço, vamos pagar. Nós vamos lutar", disse.
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Prisão preventiva
Na última quarta-feira (9), o Ministério Público de São Paulo também apresentou um pedido de prisão preventiva de Lula, alegando que o ex-presidente poderia atrapalhar as investigações.
Os autores da denúncia também apontaram que foram "amplamente comprovadas", as manobras violentas de Lula e seus apoiadores, para que ele pudesse permanecer blindado.
Além de Lula, a denúncia apresentada pelo MP de São Paulo também pede a prisão do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e de outros dois investigados do caso Bancoop.
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