Pastor diz que é preciso desmistificar os dons espirituais: "Temos que usar fora das igrejas"

Frases como "Eis que vos digo" ou "O Senhor me revelou" são comumente ouvidas e ditas em muitas igrejas, porém o pastor Luciano Subirá alertou recentemente sobre a importância da diversidade dos dons, lembrando que não somente dons de profecia ou de línguas fazem parte das manifestações do Espírito Santo e que é justamente esta variedade que vai contribuir grandemente para a edificação do Corpo de Cristo.

"A gente precisa desmistificar e entender a simplicidade dos dons, a forma como o Espírito Santo opera e inclusive quando Ele trabalha em nós a questão dos dons", afirmou o pastor em uma entrevista concedida ao Youtuber Douglas Gonçalves (Jesuscopy).

Luciano Subirá usou como base de sua reflexão, inicialmente a passagem de I Coríntios 12:8-10, que diz: "Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas".

Diversidade
Subirá ressaltou que a função dos dons é a edificação da Igreja e que a compreensão da diversidade é que vai ajudar a atingir este objetivo.

"Os dons são para edificação. [...] Deus tem um plano para que cada um possa usá-los. No entanto, há uma distribuição coordenada. No verso 7, diz que ela acontece para um fim proveitoso. O apóstolo Paulo sinaliza no capíulo 14, que é para a edificação da Igreja, mas a gente precisa entender que não é todo mundo que vai ter tudo e que Deus quer usar essa diversidade para o que eu tenho com o que você tem possam se complementar", destacou.

O pastor também ressaltou que o uso dos dons não deve ficar restrito aos momentos de culto ou reuniões de oração, mas que o cristão deve estar atento para usá-los de forma eficiente dentro ou fora das igrejas.

"Mesmo que não tenha culto, eu preciso dar lugar a estas manifestações na minha vida", afirmou. "O dia a dia é o melhor momento para as manifestações dos dons. A gente condicionou que isso só deveria acontecer nas igrejas".