"A América do Sul é o único local que estamos estamos tocando fora dos Estados Unidos neste ano". A declaração foi dada pelo vocalista da banda norte-americana de rock cristão, Skillet e talvez faça com que os fãs brasileiros - ou 'panheads', como são popularmente chamados - sintam-se ainda mais especiais neste ano de 2015.
O grupo que ainda vê o seu público crescer em diversos países do mundo - apesar dos quase 20 anos de carreira - estará em turnê pelo Brasil entre os dias 17 e 24 de outubro, passando por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Falando com exclusividade ao Guiame, o vocalista da banda que é sucesso nas mídias sociais, John Cooper comentou a vinda do grupo ao Brasil, a identificação dos jovens com suas canções e até revelou o planejamento para a produção de um novo álbum.
Confira na entrevista abaixo:
Guiame: A banda está chegando ao Brasil em outubro, para mais uma turnê. Quais são as suas expectativas para esta viagem?
John Cooper: Oh! Estamos animados principalmente com a paixão dos fãs, de novo. Foi a maior multidão que já ouvimos na América do Sul e eu não tinha idéia de que os fãs gostavam tanto assim de. A América do Sul é o único local que estamos estamos tocando fora dos Estados Unidos neste ano. Honestamente, a maior parte da razão era que tivéssemos uma grande viagem e eu pensei que precisávamos faze-la novamente este ano, antes do próximo álbum ser lançado, porque já fazia um tempo e você sabe que os fãs são simplesmente incríveis. Eu fico ainda mais animado quando vejo que ouço os fãs cantando as nossas canções.
Guiame: Seria possível revelar algo novo que vocês estão planejando para executar no Brasil?
John Cooper: Bem, nós ainda não vamos tocar nenhuma canção inédita - o que seria muito legal (risos) - mas não estamos. Nós estamos esperando... vamos estar em processo de produção de um novo álbum durante nossa viagem para o Brasil, mas vamos tocar parte do material mais antigo que não conseguimos tocar durante vários anos, de modo que serão canções que nós não só deixamos de tocar no Brasil, mas também em várias excursões dos últimos 5, 6, 7 anos. Eu estou animado sobre "cavar" músicas de materiais mais antigos, que não temos conseguimos tocar há um tempo. Em muitas das turnês, acabamos tocamos apenas por 30 minutos 40 minutos e é muito bom sair para uma turnê quando que pode ficar realmente interessante, você sabe, para fazer os fãs felizes.
Guiame: Podemos dizer que a Skillet já tem uma carreira sólida (quase 20 anos) e tem sido capaz de manter-se relevante no cenário musical. Existe algum segredo para atingir essa longevidade?
John Cooper: Certo... você sabe que realmente é muito louco que nós tenhamos permanecido juntos por tanto tempo. As únicas bandas ao redor que têm a mesma idade da nossa ou mais antigas são bandas extremamente bem-sucedidas (risos). Somos uma até banda de duração ainda muito curta, se comparada a nomes famosos / familiares como Metallica, Aerosmith ou algo parecido, mas por isso eu realmente acho que isto pode ser uma prova, de que os fãs, o povo são tão apaixonados pela nossa música, que eles nos permitem continuar no cenário musical por muito tempo. Eu realmente gostei disso e gosto de honrar os fãs que vêm para os shows e as pessoas que escutam nossas entrevistas. Respondendo à sua pergunta, existe um certo desafio no que diz respeito a continuar a escrever músicas novas e não nos tornarmos repetitivos mais e mais... é difícil. Você tem que desenvolver um som que seja típico seu. Isto é ótimo e identificável, mas também pode ficar estagnado. Então você tem que continuar a se pressionar, tentando coisas novas, tentando encontrar novas maneiras de se expressar em suas letras e essas coisas são muito difíceis. Agora mesmo estou escrevendo para o novo álbum, então estou bem no meio desse processo e sei bem como isso pode ser difícil (risos).
Guiame: Muitas de suas canções falam sobre coisas que a alma humana busca / anseia e os jovens conseguem se identificar com suas músicas. O que te inspira a escrever essas composições?
John Cooper: Sim! Eu gosto de escrever sobre as coisas que eu sinto. Coisas pelas quais eu tenho passado na minha vida ou as quais eu estou atravessando agora. Eu sempre achei que as melhores músicas são canções nas quais você acredita como compositor. Eu ia começar a escrever canções sobre algumas das coisas que chegam a mim. Uma das coisas que acontecem é quando os fãs vêm a mim. Chegando a eles depois dos shows, por um e-mail que me enviaram ou um 'tweet', eles meio que me dão uma ideia das situações que as pessoas estão vivendo e às vezes eu escrevo canções baseadas nestas histórias. Assim, muitos deles acabam 'contando' as músicas para mim ou também me contam: 'o que você escreveu me ajudou com a meu luta contra os vícios' ou algo assim.
Guiame: Verificando seus vídeos no Youtube, podemos ver - além de milhões de visualizações registrados - e muitos comentários, de todo o mundo. Como você se sente quando percebe que suas músicas tocam os corações das pessoas em todos os países de uma maneira tão forte?
John Cooper: É incrível para mim, quando isso acontece, especialmente em países onde não se fala inglês. Estou espantado que as pessoas que conhecem as canções e elas podem cantar as letras (risos). Elas meio que sabem sobre as canções e do que se trata ou então as músicas significam alguma coisa para estas pessoas. Eu fiquei simplesmente espantado quando saí para tocar fora dos EUA pela primeira vez e vi / ouvi as pessoas cantando nossas músicas. Eu percebi que, mesmo elas não falando inglês, entenderam o que a música significava e isso as ajudou a vencer situações em suas vidas através de algo em suas vidas.
Veja as pessoas usando tatuagens com o nome 'Skillet' ou com minhas letras de músicas impressas em suas coisas. É simplesmente surpreendente saber que a minha música tem impactado alguém assim. Você sabe que música é poderosa e nos fala de alguma maneira. Você sabe que eu sou um fã da música. Quando eu quero ir a shows para ver bandas como Metallica, U2 ou algo assim eu sinto que eles estão cantando para mim. Então, como um fã da música, eu entendo de onde a paixão vem, mas sei que alguém também olha para a minha música desta forma, o que é muito impressionante.
Guiame: A sua música 'Hero' fala sobre alguém que precisa e procura por um verdadeiro herói. Algumas pessoas dizem que este herói seria Jesus, Deus, o Espírito Santo... Eles estariam certos ou a canção fala sobre outro tipo de herói?
John Cooper: Certo! A intenção original, o coração da música para mim é falar sobre Jesus. Ele é meu herói, Ele me salvou, me deu uma razão para viver e me fez uma nova pessoa. Mas a música é escrita de uma forma que poderia falar sobre muitas coisas para um monte de pessoas. Eu gosto de escrever músicas que para descobrir que talvez o herói de alguém que seja talvez o Barak Obama, Guan-di ou algo parecido. Eu gosto de saber que as pessoas têm diferentes interpretações sobre a música e eu acho que é disso que se trata a música e a arte em geral. Eu acho isto que deveria ser aberto à interpretação, para falar com todos os tipos de pessoas diferentes. Quando eu tiver a chance de dizer o motivo pelo qual eu escrevi a canção, vou dizer que Jesus é o meu herói, mas eu gosto que outras pessoas a interpretem de várias formas. Isso não me incomoda em nada.
*Colaborou com esta entrevista: André Ribeiro (representante da Agência Petra em Los Angeles - EUA)
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