O cantor Eli Soares lançou recentemente seu novo projeto musical. Trata-se de um disco com releituras de canções que marcaram a igreja brasileira nos anos 80 e 90. E engana-se quem pensa que o álbum é mais um CD de regravações nas prateleiras das lojas, mas "Memórias" é de fato um projeto genuíno de resgate de hinos que nunca deveriam deixar de fazer parte dos cultos brasileiros.
Em uma entrevista exclusiva para o Portal Guiame, Eli explicou que na verdade, a vontade de gravar este CD já havia surgido há algum tempo. “Esse projeto já estava no meu coração bem antes de gravar o DVD ao vivo. Eu já tinha essa vontade de gravar alguns clássicos e acredito que ele saiu no tempo certo. Acho que o resultado está sendo muito interessante”, compartilhou.
Perguntamos sobre a escolha das canções e Eli confessou uma certa dificuldade em decidir quais fariam parte do volume um. “Na verdade deu um trabalho selecionar. Foi eu mesmo que escolhi e não foi fácil me desfazer de muitas. Mas, eu sei que teríamos canções para fazer um volume dois, três, quatro, cinco…”, disse ele rindo.
O cantor ressaltou que o critério usado para a escolha das canções se deu por suas experiências que teve com elas quando criança e durante sua vida. A ordem das faixas no disco também foi feita pelo cantor que quis dar uma dinâmica melhor no disco como um todo.
Feedbacks
Eli Soares já andou recebendo feedbaks dos cantores os quais ele regravou. Um deles foi Kleber Lucas. “O Kleber ficou muito emocionado com a releitura que eu fiz de ‘Não posso Te Deixar’. Eu mandei pra ele e ele disse que ouviu no carro e que tinha ficado muito feliz e honrado com a regravação”, contou. “O Adhemar de Campos também ficou muito feliz. Disse que ficou muito honrado com essa versão”, acrescentou.
Eli também já comentou sobre o projeto audiovisual do disco que inclusive já ganhou formato e tem um dos vídeos publicados no YouTube. “A gente pensou num formato de ensaio aberto, nos moldes das lives sessions. A gente já lançou a primeira que foi ‘Tributo a Iehovah’, que é uma releitura do pastor Adhemar. E a gente pretende lançar mais outras quatro, os mais rápido possível. Porque hoje o estímulo audio visual é muito forte”, pontuou.
"Quis mostrar que essas canções fazem parte da minha história", disse Eli Soares. (Foto: Divulgação).
Conceito de arte
“Quando eu tive essa ideia eu queria muito que meu filho estivesse na capa. Só que eu teria que tirar essa foto daqui há um ano, porque ele nem nasceu. Mas, o que eu quis mostrar é que essas canções fazem parte da minha história, da época em que eu era criança. As canções que o louvor da igreja cantava. O menino usando roupa de adulto mostra eu vivendo coisas que os meus pais viveram. É exatamente isso que eu queria mostrar. Eu tentando me lembrar de coisas que fizeram parte da nossa história, que marcaram a igreja nos anos 80 e 90”, explicou.
Diferença do tradicional para o moderno
Questionado sobre as diferenças entre os hinos antigos e as canções mais modernas, Eli respondeu: “Eu acho que a intenção das músicas devem ser sempre boa. Mas, é preciso tomar cuidado com o conteúdo dessas músicas. Antigamente havia uma preocupação de fazer coisas diferentes. Hoje em dia a gente precisa atentar para não fazer tudo igual. É preciso entender a proposta de cada canção, o que ela quer passar para a Igreja. Eu acho que a gente pode viver o atual sem abrir mão dos princípios bíblicos”, finalizou.
Confira o vídeo de Tributo Ao Iehovah (Eu Sou Grato):
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