Ton Carfi: “Se eu atribuir divindade à pessoa, o dia que ela cair, eu caio também”

A mensagem das músicas de Ton Carfi tem alcançado não apenas as pessoas que estão na caminhada cristã, mas também aquelas que estão fora da igreja. Em entrevista ao Guiame na ExpoEvangélica, ele falou sobre o impacto de suas últimas canções.

Uma delas é “Pai Presente”, com participação de Aline Barros, classificada por Carfi como uma mensagem necessária para os dias atuais.

“Hoje o mal do século é a depressão, que afeta muitas pessoas pelo fato de viverem a ausência da paternidade. Às vezes a criança nasceu sem o pai, cresce sem essa referência, e vemos muito hoje em dia adolescentes se suicidando”, disse Carfi. “Essa canção é Deus falando que nunca esteve ausente, mesmo nos momentos difíceis”.

Segundo o cantor, todas as carências do homem podem ser supridas na paternidade perfeita de Deus. “Temos que entender que o pai humano falha e até mesmo o pai espiritual vai falhar com você, mas Deus, que é o verdadeiro Pai espiritual, nunca falha”, esclarece. 

“É muito legal termos esse respeito com as pessoas que nos ganharam para Jesus, mas sem esquecer que elas são humanas. Porque se eu atribuir divindade a essas pessoas, o dia que ela cair, eu caio também”, acrescenta.

Carfi também falou sobre a repercussão da canção Minha Vez, com participação de MC Livinho, um dos nomes de sucesso do funk. O cantor conta que depois de gravar essa música, ele ficou conhecido fora do meio gospel.

“Esse foi o propósito que eu tive ao gravar essa música com o Livinho, atingir um público que não é da igreja”, destaca.

Através dessa música, Carfi conta que tem recebido testemunhos. “Um deles me marcou muito; era uma menina que estava com os pulsos cortados. O corte era fundo. Ela estava com a faca, se cortando, quando de repente ouviu a música. Ela parou de se cortar e decidiu dar uma nova chance para a vida”, conta.