Cristina Kirchner quer nacionalizar petroleira YPF

Cristina quer nacionalizar petroleira YPF

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:13

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta segunda-feira (16) que irá enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional determinando a nacionalização da petroleira YPF no país, filial da espanhola Repsol. A companhia, segundo a presidente, será declarada "de interesse público nacional".

De acordo com a presidente, 51% das ações da companhia passarão ao controle do governo federal, enquanto os outros 49% serão distribuídos entre as províncias. 

A Repsol YPF é a líder no mercado de combustíveis na Argentina. Sua filial YPF, privatizada nos anos 1990, controla 52% da capacidade de refinamento do país e dispõe de uma rede de 1.600 estações de serviços.

O governo e as províncias produtoras de petróleo responsabilizam a empresa por não cumprir compromissos de investimento e dizem que isso obriga o país a importar grandes volumes de hidrocarbonetos.

Umas das principais críticas é que a Repsol-YPF "reduziu em 30%-35% sua produção de petróleo nos últimos anos e mais de 40% a de gás", o que forçou a Argentina a aumentar em mais de US$ 9 bilhões as importações de hidrocarbonetos, segundo um documento das províncias.

A Repsol YPF rejeita o argumento oficial e assegura que em 2012 deve investir 15 bilhões de pesos (US$ 3,4 bilhões) no país.

"O objetivo do governo é atingir o autoabastecimento de petróleo. Analisamos cada uma das concessões e o cumprimento dos contratos. Quando isso não ocorre, a situação se reverte", disse, na sexta-feira, o ministro argentino da Economia, Hernán Lorenzino.

Disputa

A intenção de nacionalizar a companhia já provocava tensão entre Espanha e Argentina. Segundo a Espanha, o ato seria uma "agressão à segurança jurídica" existente entre os países.

"Qualquer agressão violando o princípio de segurança jurídica da Repsol será tomada como uma agressão à Espanha, que tomará as ações que julgar necessárias e pedirá o apoio que for preciso a seus sócios e aliados", disse, na sexta, o ministro de Assuntos Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo.

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