O governo conseguiu na Justiça a liberação das rodovias federais em 11 estados. Porém, até as 8h30 desta quinta-feira (25), os caminhoneiros mantinham bloqueios em alguns deles.
Ainda havia registro de interdições no Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. (Veja abaixo a situação em cada estado e aqui os pontos de bloqueio)
As decisões judiciais, divulgadas entre esta terça e quarta-feira, impedem os motoristas de fecharem todas as rodovias federais de Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Ceará, e em 14 municípios de outros cinco estados – Paraná, Goiás,Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Os juízes fixaram multas que variam de R$ 1 mil a R$ 50 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar as pistas.
Como as decisões se referem apenas às rodovias federais, em alguns estados, principalmente no sul do país, os caminhoneiros têm mantido fechados trechos de estradas estaduais. Os bloqueios afetaram o abastecimento em algumas regiões, além de inviabilizar a produção de setores comolaticínios e carros.
A categoria protesta contra o aumento do preço do litro do óleo diesel e o valor pago pelos frentes, que considera baixo. O governo já adiantou que não vai voltar atrás no reajuste do combustível.
Negociação
Para chegar a um acordo com a categoria, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, aprovada pela Câmara no dia 11, e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral da Presidência, ministro Miguel Rossetto, após reunião com os representantes dos caminhoneiros na tarde de quarta-feira (25) em Brasília. O ministro disse ainda que empresários e motoristas elaborarão uma tabela para definir os preços do frete.
Em contrapartida, o governo exige a liberação imediata de todas as estradas com bloqueio no país. Em uma semana de mobilização nacional, já foram registradas paralisações de caminhoneiros em 14 estados.
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