Pequenas indústrias registram produção mais fraca em outubro, diz CNI

A produção das indústrias mostrou fraco crescimento em outubro, aponta a Sondagem Industrial divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O indicador passou de 53 para 53,6 pontos entre setembro e outubro, enquanto a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu de 50,4 pontos para 48,9 pontos, pressionada pelas pequenas indústrias. Valores acima de 50 pontos indicam evolução ou expectativa positiva.

Na avaliação da CNI, a UCI abaixo do usual indica que a indústria esperava um crescimento maior da produção no período por conta das encomendas de final do ano. 'As fábricas estavam preparadas para uma produção maior', disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.

A Sondagem Industrial revela que o crescimento da produção industrial não alcançou as pequenas empresas em outubro. Enquanto o índice da produção das grandes empresas subiu de 53,6 pontos em setembro para 56,1 pontos, o das pequenas recuou de 52,5 para 51,2 pontos.

Ao mesmo tempo, a UCI das pequenas indústrias ficou abaixo do usual para os meses de outubro, com 47,9 pontos, enquanto a UCI das grandes foi de 50,2 pontos, patamar habitual no período. 'As pequenas puxaram o UCI para baixo', constatou Azevedo.

As expectativas de demanda e de compra de matérias-primas em novembro para os próximos seis meses continuaram positivas, mas são as menos otimistas desde julho de 2009, aponta a CNI.

As perspectivas do empresário sobre a demanda atingiram 57 pontos, abaixo da média histórica, de 59,8 pontos. As expectativas de compras de matérias-primas, por sua vez, foram de 54,4 pontos, para uma média histórica de 55,9 pontos.

A desvalorização cambial trouxe impactos negativos nas expectativas de exportação das pequenas empresas. Em novembro, enquanto as grandes empresas esperam manutenção da quantidade exportada para os próximos seis meses, as pequenas empresas preveem queda. Com isso, as expectativas de exportação ficaram abaixo do usual, em 47,7 pontos. 'As pequenas empresas têm maior dificuldade de lidar com o câmbio', explicou Azevedo.

Por: Téo Takar