Rendimento do trabalhador é o maior para meses de junho, diz IBGE

Rendimento do trabalhador é o maior para meses de junho, diz IBGE

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:33

O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros, aquele em que a inflação já está descontada, ficou em R$ 1.578,50 em junho, o maior já registrado para um sexto mês do ano pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada desde março de 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

O resultado é 0,5% maior na comparação com o mês de maio, e 4% maior em relação a junho de 2010. “Pela sétima vez consecutiva, desde 2004, o rendimento médio real sobe na média do primeiro semestre”, ressaltou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

De acordo com Azeredo, o aumento do rendimento se explica por diversos fatores, como o aumento do salário-mínimo e um “cenário econômico mais favorável”, na comparação de 2011 com 2010. “Também há mais qualidade do emprego em função de um contingente maior de pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada”, acrescentou o gerente. “Existe também uma mudança na própria estrutura do mercado de trabalho, que está mais organizado e teve um aumento da terceirização”, complementou.

“O mercado, de alguma forma, está mais aquecido neste ano do que em 2010. As pessoas estão tendo um maior rendimento”, destacou Azeredo.

Os empregados sem carteira assinada do setor privado tiveram um aumento no rendimento médio real de 2,3%, na comparação de junho com maio. “No ano, tivemos aumento de 12,3% do rendimento daqueles que não têm carteira assinada. E também tivemos um crescimento de 3,7% do salário daqueles que tiveram a carteira assinada”, ressaltou o gerente.

Cimar Azeredo ainda destacou o fato de que, em junho, apesar de ter diminuído o percentual da população ocupada no setor de comércio (-1,7%) e de outros serviços (-1,2%), na comparação com maio, o rendimento dos trabalhadores desses grupamentos aumentou 4,9% no comércio e 1,2% em outros serviços. “Nos setores que apresentam queda de pessoas, não tem queda de rendimento”, frisou.

“Tal qual o nível de ocupação e a taxa de desocupação, que obtiveram os melhores índices para os primeiros seis meses do ano desde o início da pesquisa, o rendimento real na média deste primeiro semestre também está no melhor patamar da história”, afirmou Azeredo. Entretanto, ele pondera que, ao diferente da taxa de desocupação, não existe uma sazonalidade na taxa de rendimento.

“O rendimento pode subir no início do ano, e pode cair depois. Isso vai depender do comportamento dos encargos de trabalhadores temporários, contratados na grande maioria para trabalhar no comércio, no fim do ano. Em dezembro, por exemplo, depende do volume de vendas para saber se o rendimento vai crescer ou não. Não existe uma sazonalidade”, finalizou Azeredo.          

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