No mercado financeiro, sete executivos são apontados como possíveis candidatos a substituir Graça Foster, presidente da Petrobras. O mais citado é Rodolfo Landim, ex-presidente da OGX e ex-diretor da Petrobras. Também circularam no mercado nomes como Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC) durante o governo Lula; Roger Agnelli, ex-presidente da Vale; Luciano Coutinho, presidente do BNDES; Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa e ex-funcionário da Petrobras; Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; e Nildemar Secches, ex-presidente da Sadia.
Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global, são essas incertezas que geram as oscilações das ações da companhia na Bolsa:
— Os rumores de mudança no comando já estão acontecendo há meses. Essa incerteza pode ser revertida com a escolha de um novo nome que tenha um perfil semelhante ao de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, que está fazendo um choque de gestão. E a mudança da presidência deve abranger ainda toda a mudança na diretoria.
Uma troca no comando da Petrobras não deixaria os novos executivos sob risco de serem questionados na Justiça pelos atrasos na publicação do balanço financeiro auditado da empresa, na avaliação de especialistas. Sob o ponto de vista legal, os problemas anteriores de gestão da empresa continuariam sob responsabilidade de Graça Foster e sua equipe. O executivo de uma seguradora afirmou que os futuros dirigentes da Petrobras não poderiam ser responsabilizados por atos do passado.
No entanto, ele acrescentou que, a partir do momento em que eles assumirem as funções, passam a ter que cumprir uma série de obrigações com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a SEC (a CVM americana). E, se deixarem de cumprir um novo prazo, como atrasar a publicação do balanço de um outro trimestre, poderão ser responsabilizados.
Segundo o advogado Gustavo Villela, especializado em direito empresarial e sócio do escritório Villela Kraemer, mesmo que Graça Foster saia da companhia, será a responsável pelo balanço financeiro referente à sua gestão.
— Não importa quem seja o presidente quando o balanço financeiro for divulgado. O documento tem uma data de corte definida e ela é 31 de dezembro. Por isso, mesmo que Graça deixe a empresa, continuará sendo a responsável — afirmou. — Qualquer pessoa que assuma a Petrobras será extremamente irresponsável se não exigir uma auditoria de corte para tirar a limpo tudo o que foi feito antes de sua posse.
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