A Unicamp e a USP anunciaram nos últimos dias que não vão mais usar a nota do Enem nos seus vestibulares deste ano. Com mais esta mudança no vestibular 2010, muitos estudantes deixarão de fazer o exame, que foi cancelado no dia 1º de outubro por vazamento da prova. É o caso de Paulo Roberto de Freitas.
O estudante vai prestar pela segunda vez vestibular para engenharia e faz parte do grupo de alunos que vai ignorar o Enem. Para ele, a prova perdeu sua utilidade e não é mais importante de ser realizado.
''Eu não vou mais fazer o Enem porque não é mais do meu interesse. Mas não me senti prejudicado, porque me dou bem com os modelos de prova da USP e da Unicamp. Acredito que isso vai acabar me beneficiando.
Caio Nazaro cogita uma vaga no curso de farmácia, e divide da mesma opinião de Paulo. Ambos são colegas no cursinho Intergraus. Para Caio, a mudança vai trazer benefícios para quem se dedicou aos estudos só para a USP e Unicamp.
''No começo eu fiquei bem bravo, porque o Enem era uma oportunidade de ampliar os pontos na Fuvest. Agora, eu acho que pode ser uma oportunidade, pode levar a uma redução na nota de corte do vestibular da USP. É uma chance para quem está mais preparado para a Fuvest.
Reembolso
Para participar do Enem, os estudantes tiveram que pagar uma taxa no valor de R$ 35. Para Caio, receber o dinheiro de volta do Enem pode ser um trabalho que não vale a pena.
''É provável que eu não peça reembolso da taxa. Acredito que vai ser uma burocracia muito grande. Até o site no Inep [órgão responsável pela realização do Enem] não funciona direito''.
Para os alunos que prestarão Unifesp, UFSCar e outras federais que usarão o Enem como primeira fase, deixar de fazer o exame não é uma opção. É o caso de João Paulo Duarte, candidato ao curso de medicina. Ele está prestando USP, Unicamp e Unesp, mas também UFSCar e Unifesp, essa última a sua preferência.
''Eu vou continuar usando o Enem por causa da Unifesp, mas acho uma falta de respeito com quem tem USP e Unicamp como prioridades. [É desrespeitoso] Tanto da parte de quem organiza o Enem, como das universidades que deixarão de usá-lo''.
O professor Eduardo Figueiredo, coordenador de física do curso Objetivo, orienta os estudantes a manter o foco nos vestibulares das grandes universidades.
''A esta altura, o importante é a Fuvest e a Unicamp. Até mesmo porque quem está preparado para estes vestibulares está pronto para o Enem. A própria Fuvest, por exemplo, usa questões similares às do exame, que são contextualizadas''.
Para Figueiredo, a alteração nos vestibulares não reduzirá a nota de corte e muito menos o Enem deve ser considerado uma prova fácil.
''Não acredito que haverá uma diminuição na nota de corte da prova. Antigamente sim, porque o Enem era mais fácil, mas com este novo formato, com quatro horas e meia e 90 questões para resolver [180 questões em dois dias], vai ser mais difícil. Vai se sair bem quem estiver mais preparado''.
O candidato deve ponderar se quer mesmo fazer o Enem ou se tem uma ou duas grandes universidades como foco, afirma William Saito, professor do cursinho COC. No caso de o estudante preferir uma só faculdade, como a UEL (Universidade Estadual de Londrina), o melhor é dedicar-se inteiramente a ela.
''No caso da UEL, vale lembrar que o vestibular coincide com o Enem, então não vai ser possível fazer os dois. Eu aconselho o estudante, nesse caso, a fazer só o vestibular de Londrina. Ele vai se focar em uma só universidade, vai estudar melhor e não vai ter que se preocupar com o Enem. No entanto, se ele estiver em dúvida sobre qual faculdade seguir, aconselho fazer o Enem''.
O MEC (Ministério da Educação) afirmou que estuda como restituir o valor de R$ 35, pago pela inscrição do Enem, a quem desistir da prova. Ainda não há prazo para os candidatos fazerem o pedido. As regras devem ser definidas nos próximos dias, de acordo com o ministério.
A Unicamp e a USP anunciaram nos últimos dias que não vão mais usar a nota do Enem nos seus vestibulares deste ano. Com mais esta mudança no vestibular 2010, muitos estudantes deixarão de fazer o exame, que foi cancelado no dia 1º de outubro por vazamento da prova. É o caso de Paulo Roberto de Freitas.
O estudante vai prestar pela segunda vez vestibular para engenharia e faz parte do grupo de alunos que vai ignorar o Enem. Para ele, a prova perdeu sua utilidade e não é mais importante de ser realizado.
''Eu não vou mais fazer o Enem porque não é mais do meu interesse. Mas não me senti prejudicado, porque me dou bem com os modelos de prova da USP e da Unicamp. Acredito que isso vai acabar me beneficiando.
Caio Nazaro cogita uma vaga no curso de farmácia, e divide da mesma opinião de Paulo. Ambos são colegas no cursinho Intergraus. Para Caio, a mudança vai trazer benefícios para quem se dedicou aos estudos só para a USP e Unicamp.
''No começo eu fiquei bem bravo, porque o Enem era uma oportunidade de ampliar os pontos na Fuvest. Agora, eu acho que pode ser uma oportunidade, pode levar a uma redução na nota de corte do vestibular da USP. É uma chance para quem está mais preparado para a Fuvest.
Reembolso
Para participar do Enem, os estudantes tiveram que pagar uma taxa no valor de R$ 35. Para Caio, receber o dinheiro de volta do Enem pode ser um trabalho que não vale a pena.
''É provável que eu não peça reembolso da taxa. Acredito que vai ser uma burocracia muito grande. Até o site no Inep [órgão responsável pela realização do Enem] não funciona direito''.
Para os alunos que prestarão Unifesp, UFSCar e outras federais que usarão o Enem como primeira fase, deixar de fazer o exame não é uma opção. É o caso de João Paulo Duarte, candidato ao curso de medicina. Ele está prestando USP, Unicamp e Unesp, mas também UFSCar e Unifesp, essa última a sua preferência.
''Eu vou continuar usando o Enem por causa da Unifesp, mas acho uma falta de respeito com quem tem USP e Unicamp como prioridades. [É desrespeitoso] Tanto da parte de quem organiza o Enem, como das universidades que deixarão de usá-lo''.
O professor Eduardo Figueiredo, coordenador de física do curso Objetivo, orienta os estudantes a manter o foco nos vestibulares das grandes universidades.
''A esta altura, o importante é a Fuvest e a Unicamp. Até mesmo porque quem está preparado para estes vestibulares está pronto para o Enem. A própria Fuvest, por exemplo, usa questões similares às do exame, que são contextualizadas''.
Para Figueiredo, a alteração nos vestibulares não reduzirá a nota de corte e muito menos o Enem deve ser considerado uma prova fácil.
''Não acredito que haverá uma diminuição na nota de corte da prova. Antigamente sim, porque o Enem era mais fácil, mas com este novo formato, com quatro horas e meia e 90 questões para resolver [180 questões em dois dias], vai ser mais difícil. Vai se sair bem quem estiver mais preparado''.
O candidato deve ponderar se quer mesmo fazer o Enem ou se tem uma ou duas grandes universidades como foco, afirma William Saito, professor do cursinho COC. No caso de o estudante preferir uma só faculdade, como a UEL (Universidade Estadual de Londrina), o melhor é dedicar-se inteiramente a ela.
''No caso da UEL, vale lembrar que o vestibular coincide com o Enem, então não vai ser possível fazer os dois. Eu aconselho o estudante, nesse caso, a fazer só o vestibular de Londrina. Ele vai se focar em uma só universidade, vai estudar melhor e não vai ter que se preocupar com o Enem. No entanto, se ele estiver em dúvida sobre qual faculdade seguir, aconselho fazer o Enem''.
O MEC (Ministério da Educação) afirmou que estuda como restituir o valor de R$ 35, pago pela inscrição do Enem, a quem desistir da prova. Ainda não há prazo para os candidatos fazerem o pedido. As regras devem ser definidas nos próximos dias, de acordo com o ministério.
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