Cerca de 75% da população de presos do Brasil é formada por jovens de 18 a 24 anos. Dos que saem dos presídios, 80% reincidem no crime. Na visão de especialistas, o resgate desse contingente de jovens passa necessariamente pela elevação da escolarização. Desde segunda-feira, 27 de outubro, representantes dos Ministérios da Educação e da Justiça do Brasil, do Instituto para o Desenvolvimento Inovação Educativa do Paraguai e da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) estão reunidos para trocar experiências e levantar alternativas para levar educação de qualidade às prisões. O debate ocorre no âmbito da reunião técnica Educação em prisões Brasil/Paraguai, que vai até o próximo sábado,1º de novembro.
Embora privados da liberdade, os detentos continuam tendo direito à educação como qualquer outro cidadão brasileiro. A concretização dessa demanda, entretanto, é um desafio tanto no Brasil quanto no Paraguai. Acho interessante que esses dois países com histórico de violação dos direitos humanos se unam em torno dessa agenda de educação, destacou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad), André Lázaro.
Nesta quarta-feira, 29 de outubro, os especialistas foram ao Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, na capital do estado de Goiás. Acredito que a experiência desenvolvida nesse presídio seja uma boa oportunidade para a troca de experiências e formação dos gestores, tanto do Brasil quanto do Paraguai, esclareceu Lázaro. A intenção da reunião é possibilitar a troca de experiências e a cooperação entre os dois países.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições