Escolas pesquisadas têm 7,2% de alunos obesos e 16% com sobrepeso. Outros 2,9% apresentam apresentam peso menor do que o ideal A obesidade (excesso de gordura no corpo, causando prejuízos à saúde) e o sobrepeso (acima do considerado normal) são os principais problemas nutricionais dos estudantes brasileiros. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009 (PeNSE), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, aponta que 23,2% estão acima do peso, enquanto 2,9% apresentam peso mais baixo que o ideal. O estudo, divulgado nesta sexta-feira, é uma avaliação do estado nutricional dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas, das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal (DF).
A PeNSE visitou 1.453 escolas e registrou medidas de peso e altura de 58.971 alunos, com idades entre 13 e 15 anos. A pesquisa revelou que 2,9% destes estudantes estão com baixo peso, enquanto 16% apresentam sobrepeso e 7,2% estão obesos. No entanto, a grande maioria dos alunos, 74%, está com estado nutricional adequado (peso dentro do esperado).
Estado nutricional dos estudantes Percentual de alunos do 9º ano de escolas das capitais e do DF
Gerando gráfico... IBGE/PeNSE 2009 A capital com a maior proporção de estudantes obesos no País é Porto Alegre (10,5%), que tem ainda o maior índice de alunos com sobrepeso (20,11%), alcançando um total de 30,61% de adolescentes com excesso de peso. Em contrapartida, a cidade apresenta o menor deficit do País, com 2,1% dos alunos com baixo peso.
Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com as maiores taxas de obesidade (8,9%) e Campo Grande, em terceiro (8,8%). Já os maiores deficits de peso foram encontrados em Salvador (9,1%), São Luis (8,5%) e João Pessoa (8,3%). De acordo com a PeNSE, a maioria dos jovens com sobrepeso estuda em escolas privadas.
Autoimagem
Os pesquisadores avaliaram também como está a autoimagem dos estudantes e descobriram que 35% das meninas que se classificam como muito gordas estão com peso normal. Entre os meninos, 21,5% dos que se declaram obesos também não precisam emagrecer. As distorções também acontecem na outra ponta da balança: 25,3% das jovens que se autoclassificaram como magras ou muito magras, na verdade estavam com excesso de peso. Entre os meninos a proporção foi de 29,2%. Já entre os estudantes cuja autopercepção da imagem corporal era normal, 16,2% (sexo masculino) e 14,3% (sexo feminino) estavam com sobrepeso.
A primeira PeNSE foi realizada em 2009 com um perfil da situação dos escolares quanto à prevalência dos fatores de risco e de proteção à saúde, em especial aqueles relacionados às doenças crônicas e não transmissíveis. Esta segunda publicação traz uma avaliação do estado nutricional desse grupo, com base no Índice de Massa Corporal - IMC, que permite diagnosticar problemas relacionados à questão por meio da relação entre peso e altura.
Percentual de obesos nas capitais:
Porto Alegre 10,5
Rio de Janeiro 8,9
Campo Grande 8,8
São Paulo 7,9
Fortaleza 7,6
Recife 7,5
Curitiba 7,3
Belo Horizonte 7,2
Florianópolis 7,2
Natal 7,2
Porto Velho 6,7
Maceió 6,6
Rio Branco 6,4
Vitória 6,3
Distrito Federal 5,7
Goiânia 5,7
João Pessoa 5,7
Cuiabá 5,6
Belém 5,5
Macapá 5,5
Salvador 5,5
Aracajú 5,4
Boa Vista 4,8
Manaus 4,6
Teresina 4,5
São Luis 4,3
Palmas 4,0
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