A diversidade presente em 215 tribos indígenas que falam 180 idiomas diferentes será apresentada, a partir de agora, em sala de aula, por meio do Observatório da Educação Escolar Indígena. A medida foi instituída pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no âmbito do Programa Observatório da Educação, e está na edição de hoje, dia três de agosto, do Diário Oficial da União.
O objetivo é fortalecer a formação de profissionais da educação básica intercultural dos povos indígenas. O programa será implementado em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A base de organização dos projetos foram os chamados territórios etnoeducacionais, áreas ocupadas por povos indígenas que se relacionam entre si, por meio de raízes sociais e históricas, políticas ou econômicas, ou ainda por filiações linguísticas ou valores e práticas culturais compartilhados. O primeiro território definido foi o do Rio Negro, formado por 23 povos dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas. A previsão é de que 18 territórios se organizem.
De acordo com o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o desenvolvimento da educação indígena é um dos pilares do novo Estado brasileiro. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, destaca que o processo de formação de professores está adiantado. Segundo ele, 90% dos docentes envolvidos na educação indígena são índios e é necessário melhorar qualidade da formação desses profissionais.
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