Carros tipo Fórmula dos estudantes de engenharia chegam a Americana dia 7

Carros tipo Fórmula dos estudantes de engenharia chegam a Americana dia 7

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Eles não desfrutam do glamour das supermáquinas do GP Brasil, mas as equipes que os desenvolveram - cerca de 250 universitários – logo poderão atuar no disputado mundo do automobilismo. Chegam na próxima sexta-feira, 7 de novembro, a Americana (SP), 15 carros, tipo Fórmula, projetados e construídos por estudantes de engenharia de 4 estados brasileiros, além do Distrito Federal, para a V Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, no Campo de Provas da Goodyear (rodovia Anhanguera, km 128).

Até domingo, os carros serão avaliados por especialistas da indústria da mobilidade, da concepção técnica (projeto, relatórios de engenharia e inspeção técnica) à viabilidade comercial (relatório de custos e apresentação do produto). Além disso, enfrentarão provas dinâmicas, como aceleração, frenagem, manobrabilidade, consumo de combustível e desempenho em pista. Os carros têm motores 4 tempos, cilindrada máxima de 610 cm³ e grau de competitividade que varia da criatividade de cada equipe.

Bicampeã na competição (2004 e 2005), a equipe Solid Edge, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, aposta na maior confiabilidade dos subsistemas e no freio a disco nas 4 rodas, além do uso de cárter seco (o óleo é armazenado num reservatório exterior, melhorando a estabilidade aerodinâmica do veículo), rede CAN (possibilita a interconexão das unidades de comando do veículo de forma simples e eficiente) e no sistema de arrefecimento localizado na lateral do carro.

Quarta colocada em 2007, a equipe Fórmula UNIP, da Universidade Paulista, disputará a competição com um monoposto construído em aço e alumínio. Já a equipe UNIP Racing, da mesma universidade, campus Sorocaba, utilizou corte a laser na construção do carro, que possui motor da Honda CBR600 F3. A UNIP Racing é estreante na competição.

De Salvador, a equipe Fast Track, utilizará o motor da Yamaha XT 600, um monocilíndrico de torque máximo em baixas rotações. “Tivemos de projetar coxins na sustentação deste motor, já que tende a vibrar muito, mas compensa porque esse motor oferece mais vantagem na relação peso-desempenho”, calcula Felipe Lindesay, capitão da equipe da Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec, da Bahia, também estreante.

Campeã em 2006 e vice em 2007, a equipe Fórmula FEI, do Centro Universitário da FEI, de São Bernardo, terá um carro com várias inovações: volante que informa ao piloto a rotação do motor, tensão da bateria e a temperatura da água; sistema de entrada com novo design e fabricado em fibra de carbono conjunto de rodas mais leve e resistente; trocador de marcha pneumático; e novos discos de freio, que servem de roda fônica para sensores de velocidade.

Já a equipe Atenas, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/MG), única do Estado, investiu num carro com suspensão independente, tração traseira, motor com injeção eletrônica e uso de aço e alumínio na construção.

De São Paulo, estão inscritas também equipes da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), Instituto Mauá de Tecnologia, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Associação Limeirense de Educação (ALIE) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) Guaratinguetá. Do Rio de Janeiro, participam equipes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense e Cefet-RJ. O Distrito Federal será representado pela equipe Apuama Racing, da Universidade de Brasília.

Estados Unidos

Ao final da competição, as duas equipes que alcançarem a melhor pontuação poderão representar o Brasil em duas competições realizadas pela SAE International nos EUA, em 2009, com equipes de vários países. Os veículos Fórmula SAE surgiram na década de 1970 e são projetados por estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia, de acordo com regras definidas pela SAE International. A prova é realizada, também, nos Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Austrália. O Brasil passou a integrar o circuito em 2004. O objetivo é fomentar a especialização técnica da engenharia da mobilidade brasileira, em veículos de alto desempenho.

Vilmar Fistarol, presidente da SAE BRASIL, ressalta a complexidade dos projetos de veículos Fórmula SAE como um dos principais desafios encarados pelos futuros engenheiros neste tipo de competição. “Construir um carro tipo fórmula é sempre um desafio, pois para se obter um veículo de alto desempenho é preciso dominar diversas tecnologias de ponta, não apenas na teoria, mas na prática. Por este motivo, os estudantes que participam da Fórmula SAE são altamente requisitados pelo mercado”, afirma Fistarol.

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