Mais 43 questões do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) foram anuladas, de acordo com o Inep (órgão do Ministério da Educação responsável pela prova).
Com isso, sobe para 54 o total de perguntas canceladas no exame - 11 delas, da prova de comunicação social, haviam sido consideradas inválidas no ano passado. O número é recorde no Enade, que desde 2004, ano em que foi criado, não tinha tantas questões invalidadas.
A quantidade é mais que o dobro da última edição do Enade, aplicada em 2008, quando 23 questões foram anuladas. A informação foi confirmada pelo Inep.
Estudantes não serão prejudicados, já que todas as questões com problema serão consideradas como acertos, diz o órgão do MEC (Ministério da Educação).
O Enade foi aplicado no dia 8 de novembro para universitários calouros e formandos de 22 cursos, como direito, teatro, turismo, ciências econômicas e marketing.
No total, 1,1 milhão de estudantes estavam inscritos na prova, que é obrigatória para alunos do primeiro e último ano das universidades particulares e federais.
O Enade serve para avaliar os cursos de graduação e não é como um vestibular - não há lista de aprovados nem número de vagas oferecidas. Ele substituiu o Provão a partir de 2004. Os alunos que fazem o exame não concorrem a nenhum curso específico. Os resultados levam alguns meses para sair.
Responsável
A responsabilidade pela elaboração da prova é da empresa Consulplan, que contrata uma banca para fazer as questões, diz o Inep.
As anulações serão avaliadas pelo órgão do MEC e, se forem constatadas irregularidades, é possível que haja punições, como multas ou até a proibição de que a Consulplan participe da elaboração de outras provas.
As questões foram anuladas por haver erros no enunciado e mais de uma resposta em alguns casos.
Polêmica
Uma questão, que grafou errado o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, causou polêmica por pedir que o aluno definisse como foi a atitude da imprensa quanto à expressão ''marolinha'', usada pelo presidente para definir a crise econômica. O R7 noticiou o caso no dia da aplicação do Enade.
Cinco alternativas que poderiam ser escolhidas pelos estudantes:
Pela letra ''a'', a atitude da imprensa seria preconceituosa; pela a letra ''b'', teria havido irresponsabilidade.
Já pela letra ''c'', teria havido livre exercício da crítica. Pela letra ''d'', a atitude da mídia seria manipulação política. Por fim, pela letra ''e'', haveria um prejulgamento nas críticas da imprensa. A questão foi anulada.
Os danos para a avaliação serão pequenos, informa o Inep, porque o resultado é coletivo e corresponde à uma avaliação nacional:
''Se fosse uma prova como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), anular tantas questões inviabilizaria que as universidades usassem a prova para escolher seus novos alunos. Com o Enade, isso não acontece''.
Uma das razões para o aumento de questões anuladas é que cresceu o número de cursos avaliados, diz o órgão do Ministério da Educação.
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