Ensino médio tem curso inédito em Minas

Ensino médio tem curso inédito em Minas

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

O Colégio Técnico Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, inicia no dia 11 de outubro, em oito cidades do estado, os dois primeiros cursos de ensino médio articulado à educação técnica para jovens e adultos e um curso técnico para quem já terminou o ensino médio. Os cursos abrem as atividades da Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec Brasil), que é uma iniciativa do Ministério da Educação.

Os três cursos terão 900 alunos que foram selecionados entre 3.050 candidatos inscritos no vestibular realizado em 23 de agosto. Os cursos a distância da E-Tec Brasil são oferecidos numa parceria entre o MEC, escolas técnicas federais, centros federais de educação tecnológica (Cefets) com os municípios. O objetivo do governo federal com esta ação, é qualificar jovens e adultos sem o ensino médio ou com ensino médio incompleto nos municípios onde vivem e trabalham. Os que concluírem o curso receberão certificado de técnico na área de estudo, emitido pelo Colégio Técnico Universitário da UFJF.

Dos 900 estudantes, 600 estão divididos entre os cursos de segurança do trabalho e gestão pública, na modalidade ensino médio articulado à educação técnica, e outros 300 farão o curso técnico de enfermagem, pós-ensino médio. Eles estão distribuídos entre as cidades de Alfenas, Almenara, Boa Esperança, Cataguases, Juiz de Fora, Porteirinha, Três Pontas e Timóteo, onde o Colégio Técnico Universitário, em parceria com as prefeituras, montou pólos para receber os alunos e os 36 professores e tutores nos próximos dois anos, que é o prazo de duração dos cursos.

O diretor do colégio, Paulo Rogério Guimarães, explica que a formação teórica e prática está dividida em quatro módulos. O primeiro módulo vai de 11 de outubro à metade de dezembro, período em que os alunos serão acolhidos pela instituição, vão conhecer os recursos da plataforma Moodle (que será um instrumento do curso), estudar o que é e como se desenvolve a educação a distância.

Um tema deste módulo merece destaque, na avaliação do coordenador do curso, professor Paulo Roberto Rufino Pereira. Ele diz que é importante ao aluno da educação a distância desenvolver a capacidade de ler e compreender o material impresso que dá suporte à formação. ?Ler, interpretar, responder as questões, fazer as tarefas propostas, procurar o tutor são chaves para a aprendizagem?, aconselha. Também o diretor Paulo Guimarães faz recomendações aos futuros alunos do Colégio Universitário: muita dedicação, força de vontade e disciplina são fundamentais. ?A educação a distância não é mais fácil e nem mais difícil que o ensino presencial. É diferente e por isso exige empenho.?

Estrutura

Os alunos dos três cursos técnicos terão à disposição uma estrutura completa para as aulas teóricas e práticas. Nos pólos, cada grupo de 25 alunos terá um tutor presencial; e no Colégio Universitário, em Juiz de Fora, um tutor a distância, um professor orientador e um professor pesquisador. Ainda nos pólos, eles farão as aulas práticas. No curso de enfermagem, por exemplo, terão 50% da carga horária em aulas práticas, divididas em três partes: as primeiras práticas serão feitas nos laboratórios móveis, tipo uma carreta montada com os equipamentos básicos de saúde; a segunda parte será nas unidades básicas de saúde do município onde o aluno estuda; e a terceira etapa do estágio será nos hospitais da cidade, onde terá contato com todas as especialidades médicas ali oferecidas.

Os laboratórios móveis sobre carretas, diz o coordenador Paulo Pereira, servirão para o estudante manusear seus futuros instrumentos de trabalho e entrar em contato com a profissão. Estes laboratórios vão passar em todos os municípios onde os cursos estarão acontecendo. De acordo com Sílvia Helena Rodrigues, da diretoria de regulação e supervisão da Secretaria de Educação a Distância (Seed), os laboratórios móveis serão desenhados por técnicos e engenheiros da Universidade de Brasília, numa parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é o órgão do MEC responsável pelo repasse de recursos. Para receber os laboratórios, a escola ou o Cefet deve apresentar ao ministério um projeto pedagógico de uso dos equipamentos nos cursos técnicos que vai ministrar.

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