Escolas servem merenda com baixo valor energético

Escolas servem merenda com baixo valor energético

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:44

SÃO PAULO - É o Ministério da Educação (MEC) que determina o que deve ter no prato dos estudantes. A merenda precisa suprir no mínimo 20% das necessidades nutricionais diárias e ter, pelo menos, três porções de frutas e hortaliças por semana. Doces e alimentos enlatados, semiprontos e embutidos podem ser oferecidos, mas com moderação. Exemplo de embutido é a salsicha, muito comum nas escolas.

A professora Gilma Sturion, do curso de graduação de ciências dos alimentos da USP analisou os cardápios de algumas escolas públicas e chegou a conclusão que:

- Têm baixo valor energético. Também é muito deficiente em frutas e hortaliças. Infelizmente a sopa não atende a necessidade energética. Ela é muito adotada, porque é de baixo custo. As refeições têm baixo valor energético, não chegam a 200 calorias. Teriam de ter 400, no mínimo - afirma a professora Gilma Sturion.

Segundo a professora, com pouco dinheiro é possível servir uma merenda com qualidade.

- Nós temos arroz e feijão, um prato básico dos brasileiros, carne, uma salada de alface com beterraba e um chuchu refogado. Esse prato sairia por R$ 0,80. Isso porque a gente colocou carne. Se fosse frango, custaria R$ 0,60. Tranquilamente, você poderia montar um prato desses - garante Gilma Sturion.

A professora Gilma Sturion diz que o maior problema da merenda hoje não é a falta de dinheiro.

- Os gestores teriam de ter vontade política de investir no programa de alimentação escolar. Se tem o dinheiro, por que não investir? - indaga.

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