Um grupo de cerca de 50 estudantes e ambientalistas invadiram o prédio da presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio), na asa sul de Brasília, para protestar contra a construção de um novo bairro na capital federal. O setor noroeste, que está dentro do plano piloto da cidade, abrange uma área que é motivo de discussão entre o governo do Distrito Federal e uma comunidade indígena.
Segundo Marcos Cruz, um dos líderes do movimento, o grupo só deixará o prédio quando eles forem recebidos pelo presidente da Funai, Márcio Augusto Freitas de Meira.
''Foi uma ocupação pacífica de pessoas não índias, mas que apóiam a causa. Nós manteremos a ocupação até sermos recebidos por uma autoridade. A assessoria nos informou que o presidente estava viajando, mas soubemos que ele esteve em uma reunião hoje cedo e que está em Brasília''.
A área onde o governo do DF pretende construir o novo bairro de classe média alta de Brasília é considerada um santuário de pajés. Índios das etnias Fulni-ô, Kariri-Xocó, Korubo, Guajajara, Pankararu e Tuxá reivindicam a permanência na área.
Nesta semana, a Justiça Federal no DF determinou que a Terracap - companhia do governo do DF responsável pela venda dos lotes do novo bairro - não faça ou permita quaisquer obras na área conhecida como santuário dos pajés.
Na semana passada, o Ministério Público Federal no DF ajuizou ação civil pública para garantir a permanência da comunidade indígena Bananal na área, até que os estudos sobre a ocupação na região sejam concluídos.
Os imóveis que estão sendo construídos neste novo setor têm preços previstos que variam de R$ 840 mil ? o menor apartamento ? a R$ 1,9 milhão ? uma cobertura. O preço médio do metro quadrado variará de R$ 7 mil a R$ 8 mil.
A assessoria da Funai foi procurada, mas, até a publicação desta matéria, ela informou que não tinha nenhuma informação sobre a posição do órgão.
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