Estudantes protestam contra refeitório durante visita de ministro

Estudantes protestam contra refeitório durante visita de ministro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:54

A visita do ministro da Educação Fernando Haddad à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta segunda-feira (28) foi marcada por protesto de estudantes contra o preço cobrado no novo refeitório da universidade. O novo restaurante cobra R$ 3 por refeição.

O restaurante universitário da UFPE havia sido fechado há 20 anos. O novo restaurante, com 1,2 mil m², vai oferecer 3,8 mil refeições por dia. O custo das obras foi de R$ 4,5 milhões. Os recursos são oriundos do Programa Nacional de Assistência Estudantil, que deve repassar este ano às universidades federais mais de R$ 380 milhões.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (28) que o corte de R$ 3,1 bilhões no orçamento do governo federal para a educação não vai afetar os programas do MEC, como o Enem, ProUni, Fies, e Reuni, entre outros. Ao todo, o governo vai cortar R$ 50 bilhões. Haddad participou de uma cerimônia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a inauguração do novo restaurante universitário.

"Nosso orçamento iria de R$ 62 bilhões para R$ 70 bilhões. Agora vai para R$ 69 bilhões. Em 2002, era de R$ 17 bilhões. Os compromissos estão mantidos. E para seguir o ritmo da expansão da educação superior, quero tranquilizar a todos que cumpriremos a nossa parte”, disse o ministro.

De acordo com o MEC, do total a ser cortado, cerca de R$ 2 bilhões são de emendas parlamentares. A pasta vai analisar quais tipos de despesa terá que cortar para fazer a economia referente ao R$ 1 bilhão restante. O orçamento do MEC previsto para 2011 era de R$ 69 bilhões.

O corte no orçamento é uma forma de o governo tentar atingir a meta cheia de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar conter o crescimento da dívida pública) do setor público neste ano, que é de R$ 117,9 bilhões, ou 2,9% do PIB. Nos últimos dois anos, a meta cheia, ou seja, sem o abatimento dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não foi atingida.

No evento que marcou o início do ano letivo na UFPE, Haddad comentou a necessidade de se continuar investindo na formação dos estudantes. “Conseguimos olhar agora para o país com esperança. Não basta desenvolver a região com portos, ferrovias, refinaria e até uma montadora de veículos”, observou Haddad. “Já vivemos períodos de crescimento econômico antes e, em termos de educação, desperdiçamos todo o século XX. Agora é preciso conciliar desenvolvimento com formação. Isso nos permite ser otimistas.”

(*) Com informações da Agência Brasil

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