Estudantes que perderam vaga no Sisu pretendem entrar na Justiça

Estudantes que perderam vaga no Sisu pretendem entrar na Justiça

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

Candidatos que perderam a vaga no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) após a alteração do resultado da lista de espera, ocorrida no último domingo, dia 14, pretendem acionar a Justiça para garantir a graduação, caso não sejam convocados nas próximas chamadas. Os estudantes esperam nova convocação das universidades, que devem divulgar mais informações nesta quarta-feira, dia 17.

Esse é o caso de Lucas Pedreiro, 18. Às 14h30 do domingo, ele havia passado em 24º lugar, de um total de 25 vagas oferecidas pelo Sisu, no bacharelado de ciências e tecnologia da UFABC (Universidade Federal do ABC). No dia seguinte, ao acessar novamente o sistema, ele não estava aprovado, e haviam sido ofertadas somente 15 vagas.

Ele irá esperar a próxima chamada e, caso não seja aprovado, irá reivindicar a vaga na Justiça. "No meu ponto de vista, se não houve problema nas outras chamadas, que também tiveram candidatos convocados por liminar, por que diminuiram as vagas de quem já tinha passado? Deveriam criar outras vagas, em vez de tirar as de quem estava aprovado no sistema", diz.

O MEC deve divulgar hoje, no final da tarde, o balanço final do processo e o número de vestibulandos afetados por essa falha na lista de espera.

Chances menores

Apesar de não ter sido aprovado em medicina na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), José Eduardo Chicarelli Martin, 18, alimentava esperanças. No domingo, quando consultou o sistema, 24 vagas eram oferecidas na lista de espera. Em 62ª colocação, ele se apoiava na informação de que houve grande número de desistências nas chamadas anteriores. Era seu argumento para manter a crença de que seria convocado neste ano.

Ao consultar o Sisu na segunda-feira, dia 15, no entanto, as esperanças de Martin diminuíram. O número de vagas na lista de espera caiu para 11, e seu sonho "escapou das mãos e ficou mais distante". "Pretendo entrar na Justiça, porque, motivado para estudar, agora, eu não estou. Não quero uma coisa extraordinária, a gente só quer estudar", desabafa.

A amiga, Isabella Farina, 20, prestou para o mesmo curso e foi aprovada e "reprovada" horas depois. Ela também pretende colaborar na ação do amigo, mas não irá pedir a vaga, pois foi aprovada na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e prefere ir para lá.

"Vou apenas ajudar, porque isso é sério. Na minha família todos ficaram sabendo que eu havia passado. Depois que soube que não tinha entrado na UFMT, só não desmenti para o meu avô. Ele chorou muito [quando soube que a jovem entrou em duas faculdades federais] e é muito fragil...", diz.

Por: Ana Okada

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