Faculdades aprendem truques para impedir trapaceiros

Faculdades aprendem truques para impedir trapaceiros

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:20

A fronteira na batalha para derrotar estudantes trapaceiros pode estar aqui, no centro de exames da Universidade da Flórida Central. Chiclete não é permitido durante uma prova: o ato de mascar pode disfarçar um estudante falando com um cúmplice do lado de fora através de dispositivo de telefonia celular.

Os 228 computadores usados pelos alunos são posicionados dentro das mesa de modo que qualquer tentativa de fotografar a tela - usando, por exemplo, uma caneta com uma câmera escondida, a fim de ajudar um amigo que vai fazer a prova mais tarde - é fácil de detectar.

Papel para rascunho é permitido - mas é carimbado com a data e deve ser entregue antes que o aluno deixe a sala. Quando um inspetor vê algo suspeito, ele grava o trabalho do aluno naquele momento no computador e direciona uma câmera sobre ele. Ambas as imagens são gravadas em um CD como evidência.

Dr. Taylor Ellis, o reitor adjunto que coordena o centro de exames na escola de administração da Universidade da Flórida Central, o terceiro maior campus do país por inscrição, disse que a fraude diminuiu de forma significativa, chegando a apenas 14 incidentes suspeitos de 64 mil provas administradas durante o semestre da primavera .

Conforme a eterna tentação dos alunos de trapacear faz com que eles adotem novas tecnologias - não só nos exames, mas, copiando e colando material da Internet e compartilhando online o dever de casa através de arquivos - os educadores têm respondido com seus próprios esforços para reprimir esta atitude.

Neste verão, conforme os calouros preenchem formulários para selecionar companheiros e cursos, algumas faculdades - Duke e Bowdoin entre elas - também os obrigam a realizar tutoriais online sobre plágio antes que possam se inscrever.

Serviços anti-plágio que examinam os trabalhos de alunos em busca de cópias se tornam um negócio cada vez mais lucrativo.

O mais conhecido serviço anti-fraude, Turnitin.com, está envolvido em um interminável jogo de gato e rato com alunos tecnologicamente mais experientes que tentam ser mais espertos do que o programa.

A extensão da fraude dos estudantes, difícil de medir com precisão, parece generalizada nas faculdades. Em uma pesquisa realizada com 14.000 alunos de cursos de graduação nos últimos quatro anos, uma média de 61% admitiram alguma fraude em trabalhos e provas.

O número diminuiu ligeiramente de 65% no início da década, mas o pesquisador responsável, Donald L. McCabe, professor de administração da Universidade Rutgers, dúvida que haja menos frauda atualmente.

Ao invés disso, ele suspeita que os alunos já não acreditam que certas ações são consideradas fraudulentas - copiar e colar algumas frases da Internet, por exemplo.

Os estudantes que copiam trabalhos de casa encontram respostas em sites como Course Hero, que é uma espécie de Napster de compartilhamento de trabalhos acadêmicos, onde os estudantes de mais de 3.500 instituições divulgam anotações de aula e provas anteriores, bem como teses e projetos.

Outro site, o Cramster, se especializa na solução de perguntas de livros didáticos de ciências e engenharia.

Alguns educadores rejeitam tecnologias anti-plágio, alegando que elas presumem que os alunos são culpados.

A Universidade Washington & Lee, por exemplo, concluiu há vários anos que o Turnitin.com é incompatível com o código de honra da faculdade, "que tem a confiança nos alunos como base", disse Dawn Watkins, vice-presidente de assuntos estudantis.

* Por Trip Gabriel

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