O Governo do Distrito Federal planeja alfabetizar 10 mil pessoas acima de 15 anos até o fim de 2011. As vagas serão abertas no início de agosto e vão priorizar três território com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do DF: Estrutural, Itapoã e Sol Nascente/Pôr do Sol, em Ceilândia.
Esta meta inicial faz do Programa DF Alfabetizado, lançado nesta sexta-feira (8), que tem o objetivo de tornar o Distrito Federal um território livre do analfabetismo até a Copa de 2014 . Segundo números do IBGE utilizados pelo governo, a capital federal tem 65 mil analfabetos com mais de 15 anos de idade, o que representa cerca de 3,5% da população local.
O DF tem uma situação estatisticamente privilegiada, com um dos menores índices de analfabetismo do Brasil. A média nacional é de 9,5% de analfabetos, indica o subsecretário de Educação, Erasto Fortes. De acordo com ele, têm destaque no contingente de pessoas sem alfabetização no DF, os maiores de 60 anos e as mulheres.
Para realizar o trabalho de alfabetização dos jovens e adultos, o GDF contará com apoio da sociedade civil. Para esse primeiro momento, identificamos três parceiros que já vêm realizando uma proposta de alfabetização exitosa, informou Fortes. As três instituições selecionadas foram o Movimento de Educação de Base (MEB), ligado à CNBB; o Centro de Educação e Cultura do Paranoá (Cedep); e o Centro de Educação Paulo Freire (Cepafre), da Ceilândia. O subsecretário Erasto Fortes destacou também a intersetorialidade do programa dentro do governo. O DF Alfabetizado conta com o envolvimento de várias secretarias, sobretudo da Secretaria da Mulher e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda. A Secretaria de Saúde também é muito importante porque uma grande parte das pessoas tem dificuldade visual. Para elas estudarem, será preciso providenciar óculos, enumerou.
A secretária da Mulher, Olgamir Amancia, lembrou que é preciso facilitar o acesso das mulheres às escolas. Um programa como esse ganha maior relevância com uma visão que propicie a participação das mulheres com flexibilidade de horários para as aulas, e facilidades para as mães, como creches ou cirandas, por exemplo. Além de temáticas e ações pedagógicas em sintonia com os interesses e direitos das mulheres, declarou.
Matrículas
Os interessados em participar do programa devem se dirigir à escola pública mais próxima de sua residência. Nem todas estarão aptas a participar do programa, mas poderão indicar o local mais próximo onde serão realizadas as aulas. Todas as escolas vão ter nível de responsabilidade, o que não significa que todas elas vão alfabetizar. Estamos fazendo o recrutamento das instituições para início das aulas em agosto, explicou o subsecretário de Educação.
Ele lembrou que a alfabetização de jovens e adultos é apenas o primeiro passo da educação desse público, que conta ainda com outras duas etapas.
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