Greve afeta 350 mil alunos em Alagoas

Greve afeta 350 mil alunos em Alagoas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:42

Cerca de 350 mil alunos da rede estadual de ensino estão sem aulas em Alagoas por causa da greve dos trabalhadores da educação. A paralisação, que deve durar uma semana, começou hoje em Maceió e está programada para se espalhar pelo interior a partir de segunda-feira. Apenas algumas escolas, que estão ameaçadas de fechamento por causa da evasão escolar, decidiram continuar funcionando.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), a greve é um protesto contra o descaso com que o governo trata o ensino público no Estado. "Estamos reivindicando um reajuste salarial que reponha a defasagem de mais de quatro anos sem aumento nos nossos vencimentos. Além disso, exigimos melhores condições de trabalho e a implantação de uma política de valorização dos servidores", afirmou Célia Capistrano, presidente do Sinteal.

A greve foi decidida em assembleia geral realizada pela categoria na quarta-feira. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7%, apresentada pelo governo do Estado, e decidiram paralisar as atividades por uma semana. Outras categorias, como os policiais civis, os agentes penitenciários e os servidores de oito órgãos ligados à agricultura e ao meio ambiente, também estão em greve.

O governo do Estado anunciou que não negocia com os grevistas e que o reajuste salarial de 7% é o máximo que pode conceder. Além disso, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) fez um alerta: se os servidores não aceitarem o reajuste de 7% até o dia 30 de maio, voltará a valer o reajuste de 5,91%, apresentado anteriormente.

No maior complexo educacional da capital, o Centro de Pesquisas Aplicadas (Cepa), localizado no bairro de Farol, muitos alunos não tomaram conhecimento do movimento grevista e compareceram às escolas, mas tiveram de voltar mais cedo para casa. Outros ficaram, porque dependiam do transporte escolar para voltar para casa.

"Se até a semana que vem não houver qualquer decisão do governo, já na próxima assembleia deveremos deliberar sobre a paralisação por tempo indeterminado ou o estado de greve permanente", afirmou a diretora e ex-presidente do Sinteal, Girlene Lázaro. "Enquanto isso, o Sinteal vai realizar visitas às escolas para convocar, além da categoria, alunos para participar da nossa luta em defesa do ensino público de qualidade", disse a ex-presidente. O objetivo, segundo ela, é fortalecer ainda mais a luta em torno da pauta de reivindicações.

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