Com um óculos 3D é possível ver os efeitos do antibiótico dentro do organismo, sua briga contra a bactéria ou, ainda, analisar as artérias dentro do coração partido ao meio. Outro equipamento simula um laboratório de química virtual, onde a água se mistura a outros elementos químicos e vira uma experiência que pode ser refeita muitas vezes sem quebrar ou sujar nada. Há também a opção de analisar o esqueleto humano projetado em uma tela acoplada a um aparelho que responde ao comando das mãos. Basta um movimento com os indicadores e polegares para que a imagem ganhe um zoom.
As inovações tecnológicas estão expostas na 19ª edição da feira Educar Educador, que ocorre até este sábado (19), em São Paulo. O evento reúne novidades na área de educação com expositores e palestras sobre diversos temas.
A tecnologia é um dos destaques da feira, como a sala de cinema 5D, onde, além da profundidade das imagens, com cores e sons, é possível sentir o vento e a chuva, conforme a projeção na tela. Nesse caso, segundo o diretor administrativo da 3D Education, Frank Azulay, trata-se de uma brincadeira do que pode ser criado no futuro. De acordo com Azulay, ainda não há conteúdos pedagógicos disponíveis em 5D e, atualmente, o que se encontra no mercado está no ramo de entretenimento.
Os conteúdos para projeção em 3D já são realidade. Os produzidos pela 3D Education atingem estudantes das séries finais do ensino fundamental até o ensino superior. Segundo Azulay, cerca de 150 escolas de todo o país compraram o software, que tem custo mensal de R$ 2.000. Há programas que rodam tanto em salas especiais ambientalizadas, como se fossem cinemas com uso de óculos especiais (chamados de estereoscópicos), quanto em lousas digitais que dispensam o uso do óculos (monos). A empresa possui mais de 2.500 aulas de matemática, física, biologia e química.
"O programa não dispensa a presença do professor. Pelo contrário, a ideia é somar e potencializar o aprendizado dos estudantes", afirma Azulay.
Fim das lousas digitais
A P3D lançou na feira o software movido a gestos. Com ele é possível visualizar os órgãos de uma carpa com um comando feito com a mão direita para cima. Para funcionar é preciso aliar um telão a um aparelho chamado kinect, que visualiza os movimentos. A empresa disponibiliza 1.000 modelos interativos (uma espécie de aulas) de biologia, geografia, química e física. Nos modelos não há texto ou som, apenas uma trilha sonora para ajudar na imersão do aluno. O custo mensal é de R$ 1.500.
Para Mervyn Loweo, da P3D, o lançamento de softwares como esse representa o fim da lousa digital, mas não da tradicional, manipulada com giz ou pincel atômico. "Em até cinco anos a lousa digital deve sair do mercado porque vai estar embutida no hardware. Agora, a tradicional sempre vai existir porque o professor, durante uma explanação, faz a anotação de uma fórmula, de uma definição, e para isso não precisa de tecnologia."
Loweo afirma que mesmo com o amparo da tecnologia o papel do professor continua sendo fundamental dentro da sala de aula. Segundo ele, o objetivo da tecnologia na educação é o de buscar a atenção da criança para passar o conhecimento. "O nosso software usa as mãos, é gestual e mais lúdico. Toda criança quer mexer, e esse é o propósito."
19ª Educar - Feira e Congresso Internacional de Educação
Local: Centro de Exposições Imigrantes, Rod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo.
Data: até sábado (19 de maio)
Horários: quarta-feira das 15h30 às 19h30; quinta-feira das 8h30 às 18h30; sexta-feira das 8h30 às 19h; sábado das 8h30 às 18h30.
Ingressos: a feira é aberta ao público, os seminários requerem inscrição.
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