Pedro Henrique Antelmo, 20, chegou para mais um dia de aula, mas encontrou "a confusão" instalada na entrada da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP (Universidade de São Paulo). Estudantes estavam reunidos em frente à unidade em protesto por causa do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva na noite de ontem.
"É triste, mas já virou habitual assalto e violência na USP", disse Pedro Henrique, estudante de administração. "Eu estudo de manhã, mas quando tenho aula à noite, sempre vou acomopanhado de outros colegas até o bolsão de estacionamento."
A presidente do centro acadêmico da FEA, Maíra Madrid, confirma a reclamação do estudante: "a gente já tinha reclamado [da falta de segurança]". Entre os pedidos dos alunos está mais iluminação e aumento do efetivo da Guarda Universitária. Sobre aumento da presença da PM (Polícia Militar), a líder estudantil disse que "a gente ainda tem que debater isso". A comunidade da USP tem resitências sobre a atuação da PM no campus.
"Esse medo da polícia é anacrônico, vem da ditadura, mas não tem mais sentido hoje em dia", argumenta Pedro Henrique. "A policia não pode tirar a nossa liberdade, mas ela precisa nos proteger dos assaltantes."
A estudante do primeiro ano de odontologia, Caroline Dias de Oliveira, 20, também estava em frente à FEA com seus colegas de turma. "Viemos protestar contra a falta de segurança. Já aconteceu sequestro relâmpago, assalto, aqui é muito visado: tem banco, pode acontecer com qualquer um", disse a caloura.
Segundo a assessoria de imprensa da FEA, a questão da segurança "sempre preocupou". Por isso, a FEA já possuía planos de instlaar câmeras de segurança e já estudava a instalação de catracas para restringir o acesso à universidade.
Sequestros
Entre o final de março e o começo de abril, houve regsitro de, pelo menos, três casos de sequestro-relâmpago. Na época, a reitoria da USP afirmou que estava trabalhando para melhorar o sistema de segurança no interior do campus, mas não deu detalhes. A Cidade Universitária tem atualmente 95 câmeras de monitoramento e 114 guardas. Além disso, também conta com rondas da Polícia Militar.
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