Jornal do Comércio: Ensino do Holocausto pode se tornar obrigatório na rede pública de Porto Alegre

Jornal do Comércio: Ensino do Holocausto pode se tornar obrigatório na rede pública de Porto Alegre

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

O ensino do Holocausto poderá se tornar obrigatório nas escolas da rede municipal de Porto Alegre. O Projeto de Lei que prevê o tema como parte impreterível do conteúdo programático da disciplina de História na Capital gaúcha deve ser votado nesta quinta-feira (15) pela Câmara dos Vereadores.

Caso a lei seja aprovada, Porto Alegre se tornará a primeira cidade brasileira a transformar o  extermínio em massa dos judeus da Europa nazista em tema escolar indispensável através de lei. Segundo o autor do projeto, o então vereador Valter Nagelstein - atual titular da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre - houve uma identificação de que o assunto era mal abordado e, ao lado de líderes da comunidade israelita, apresentou-se o tema ao então prefeito, José Fogaça.

"É só abrirmos qualquer livro para percebermos a maneira superficial como o tema é abordado", diz Nagelstein em entrevista ao Jornal do Comércio. "Foi o próprio prefeito quem sugeriu que se fizesse um projeto de lei sobre o tema, para que se consiga do ensino público uma atenção maior ao assunto", completa.

Os detalhes do projeto, se aprovado, devem ser definidos pela Secretaria de Eduação. Ainda assim, Nagelstein adianta que a ideia é abordar o tema entre alunos da 7ª e 8ª séries. Segundo ele, o Projeto "é uma assunto de Direitos Humanos para não deixar que seja esquecido um assunto importante da História".

De acordo com o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs), Henry Chmelnisky, em nota, a lei contribuirá para um melhor entendimento da sociedade portoalegrense sobre o perigo que representam ideologias racistas e totalitárias, valorizando assim uma sociedade democrática, pluralista e que respeite as diferenças.

A comunidade judaica de Porto Alegre deve comparecer em massa à Câmara Municial para acompanhar a votação do projeto.

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