MEC pede que PF investigue emissão de certificado falso

MEC pede que PF investigue emissão de certificado falso

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:26

O Ministério da Educação e Cultura pediu que a Polícia Federal investigue uma empresa de Guarulhos que usava irregularmente o nome do Ministério da Educação para vender certificados de excelência a escolas e faculdades particulares em todo o Brasil. Para receber o prêmio, que não tem qualquer vínculo com o MEC, era preciso pagar mais de R$ 3,1 mil.

Um colégio particular onde estão matriculados 900 estudantes, no bairro São João Clímaco, na Zona Sul, recebeu na semana passada a informação de que tinha sido indicado a receber o prêmio nacional de excelência em qualidade de ensino 2010, como uma das 150 melhores instituições de ensino do Brasil.

O remetente, o Instituto Brasileiro de Pesquisa de Qualidade Gomes Pimentel, explica que a escola foi selecionada, entre outros critérios, "através de dados de avaliação e resultados do Ministério da Educação."

A diretora da escola, Inês Bronzatti, diz que o instituto nunca visitou a escola. Nesta segunda-feira, a diretora recebeu os convites para o jantar de premiação, com traje black tie numa casa de eventos da Zona Leste da cidade. Mas para receber o prêmio, é preciso pagar quatro boletos bancários, num total de R$ 3,1 mil.

Na própria página na internet, o Instituto Gomes Pimentel informa que tem dez anos de experiência em premiação. O texto é confuso e tem erros de português. O MEC informou que não tem qualquer vínculo com o prêmio, pediu uma investigação à Polícia Federal e vai processar o Instituto Gomes Pimentel e os responsáveis por falsidade ideológica e formação de quadrilha.

O endereço do instituto é o de uma casa que fica no Jardim Santa Cecília, em Guarulhos. A funcionária que atendeu a reportagem afirma que lá mora Luis Nogueira, o diretor geral do instituto.

A funcionária disse que o proprietário não estava em casa. Durante toda a tarde, a reportagem também tentou entrar em contato com o responsável pela empresa, mas não obteve resposta.

O Ministério da Educação informou que colégios e faculdades que pagaram pelo falso prêmio devem denunciar o caso à Polícia Federal.

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