Como aprender matemática, vivenciar a biologia e praticar português numa horta? A proposta ousada faz parte do projeto Educando com a Horta Escolar, que leva meninos e meninas do ensino fundamental a aprender na prática e de forma prazerosa as disciplinas curriculares, além de criar consciência sobre a preservação do meio ambiente e melhorar seus hábitos alimentares. O projeto, concebido e executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), foi apresentado nesta terça-feira, 27, para a ministra da Educação da Bolívia, Magdalena Cajias, que pretende implantar algo semelhante em seu país.
É um projeto muito bom. Os alunos aprendem, se divertem, trabalham em cooperação e se alimentam melhor, afirmou a ministra, após visitar duas escolas de Santo Antônio do Descoberto (GO), um dos três primeiros municípios a receber o projeto. Na Bolívia, já tivemos experiências com hortas escolares, mas não tiveram continuidade. Falta dar sustentabilidade ao projeto, como ocorre aqui no Brasil, disse.
Ampliação
O projeto, que consiste no plantio de hortas nas escolas, teve início no fim de 2005 com experiências-piloto em três municípios brasileiros Bagé (RS), Saubara (BA) e Santo Antônio do Descoberto (GO). Este ano, foi ampliado para outros 14 municípios e, em 2009, deve ser estendido para mais 40.
Segundo a coordenadora nacional do Horta Escolar, Najla Barbosa, o comprometimento dos gestores municipais é fundamental para os bons resultados alcançados, já que o projeto é acompanhado e financiado pelo FNDE durante um ano e depois segue com recursos próprios de cada localidade. Para ela, as hortas não só modificam os hábitos alimentares das crianças, que passam a comer verduras e legumes, como atingem também seus familiares.
De acordo com a diretora da Escola Chico Xavier, de Santo Antônio do Descoberto, Ana Áurea Machado, a melhora no aprendizado dos alunos é imediata. Eles aprendem geometria e a lidar com medidas na hora de fazer os canteiros; produzem textos sobre a horta e também aprendem a plantar, como adubar, quando regar. Na colheita, fazem cálculos de massa. Realmente, o aprendizado fica mais interessante assim, afirma.
Leila Ferreira, diretora da Caminho da Luz, outra escola visitada pela ministra da Bolívia, aponta outro benefício: Os estudantes passaram a se alimentar de forma mais nutritiva, comendo verduras, por exemplo, o que não faziam antes.
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