O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás move ação civil pública com pedido de liminar contra a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Nacional e a Fundação Getúlio Vergas (FGV) pedindo a suspensão do resultado final do Exame de Ordem 2010/2.
Ação pede também que os resultados fiquem suspensos até que haja nova correção das provas prático-profissionais e que seja concedido um prazo "razoável" para a interposição de eventuais novos recursos. O descumprimento da decisão judicial está sujeito a multa diária de dez mil reais.
De acordo com o procurador regional dos direitos do cidadão, Ailton Benedito de Souza, o processo está sendo alvo de notícias de irregularidades em blogs, sítios da internet, enfim, todos os meios de comunicação que os candidatos dispõem para expressar sua indignação.
Em Goiás, apuraram-se, entre outras, ilicitudes nos critérios de correção das provas prático-profissional e no acesso aos espelhos das correções.
Especificadamente, na prova de direito penal e direito processual penal, não se verifica pontuação alguma referente aos critérios correção gramatical, raciocínio jurídico, capacidade de interpretação e exposição e técnica profissional demonstrada, em verdadeira afronta ao princípio da legalidade. Isso acabou prejudicando os examinandos, considera Ailton Benedito.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse que considera tática de guerrilha as diversas ações que estão sendo ajuizadas pelo MPF em vários estados para suspender o resultado final do segundo Exame de Ordem. Essa tática de guerrilha, de fazer pipocar ações no Brasil inteiro, só contribui para criar insegurança jurídica, disse Cavalcante.
A reportagem do G1 procurou a FGV, mas ela não foi encontrada para comentar o assunto.
Prova
O Exame de Ordem reprovou 88% dos cerca de 107 mil candidatos. A segunda fase teve 46.946 participantes. Professores de cursos preparatórios para o exame e estudantes criticaram a correção da prova prático-profissional. Disseram que a correção foi injusta, subjetiva e não seguiu o gabarito.
Na ocasião, a FGV afirmou que houve apenas erros nos padrões de resposta divulgados, mas que os mesmos haviam sido corrigidos.
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