No interior de São Paulo, aluna gravida é espancada

Fonte: Bol Notícias Atualizado: sexta-feira, 29 de agosto de 2014 às 16:37
O caso aconteceu na Escola Estadual Professor Antônio Mello Cotrim
O caso aconteceu na Escola Estadual Professor Antônio Mello Cotrim

Uma adolescente de 14 anos foi espancada por colegas de classe dentro de uma sala de aula da Escola Estadual Professor Antônio Mello Cotrim, no bairro Pauliceia, em Piracicaba (SP), na tarde de terça-feira (26). Uma professora de 59 anos tentou separar a briga, mas também foi atacada. Dois estudantes, uma garota de 15 anos e um menino de 13 anos, foram apreendidos por terem participado da agressão. A aluna agredida, que está grávida de dois meses, recebeu atendimento médico, mas foi liberada e passa bem. O caso foi registrado como ato infracional por lesão corporal.

De acordo com informações da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, a briga ocorreu durante uma aula vaga em uma sala da sétima série do ensino fundamental. A confusão começou por volta das 17h, depois que os alunos iniciaram uma brincadeira de jogar bolinhas de papel em companheiros. Uma adolescente de 15 anos partiu para cima da adolescente de 14 anos e começou a agressão com chutes, socos e tapas. Momentos depois, um jovem de 13 anos se juntou à agressora e ajudou a bater na menina.

A professora que estava na sala na hora da confusão foi tentar apartar a briga e acabou apanhando também. Ela teve uma lesão no pulso, mas foi atendida e liberada para voltar a dar aulas. A professora trabalhou normalmente ontem e hoje.

"Foi um pega pra capar. Do nada, começaram a brigar e, quando percebi, já estava um bolinho de gente, com a professora no meio", disse um dos alunos, que presenciou a cena.

Policiais militares ouvidos pela reportagem relataram que a vítima foi encontrada com sangramento no nariz e hematomas pelo corpo. A adolescente agredida foi socorrida pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros e levada para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Freis Sigrist, na Vila Cristina, onde permaneceu em observação. Ela foi liberada e não há problemas com o bebê.

Os dois menores foram apreendidos, mas acabaram liberados ontem (27). A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Piracicaba informou que já concluiu todas as oitivas das testemunhas e que a decisão sobre eventual punição aos agressores é responsabilidade da Justiça. Segundo a DDM, a sala é monitorada por câmeras, que registraram a agressão e serviram de base para a identificação dos envolvidos. Já a Vara de Infância de Piracicaba foi procurada, mas informou que o processo está sob sigilo de Justiça e que, por isso, informações sobre o caso não seriam fornecidas.

Abalada

A reportagem tentou contato com a professora, mas ela estava trabalhando. Uma mulher que se identificou como parente da docente informou que a professora ficou "muito abalada" com a agressão. "Ela ficou com o pulso machucado, mexeu muito com ela. Ela foi querer apartar a briga e acabou apanhando", disse.

Já Sônia Maria Pontes, 46, mãe do adolescente acusado de agredir a jovem, afirmou que a acusação contra o filho dela foi injusta. "Ele não fez nada. Ele foi apartar a briga e acabou envolvido. As imagens da câmera provam que ele não fez nada", disse. Ela contou ainda que o filho não foi à escola nos dois últimos dias e que irá analisar para decidir se irá mantê-lo no estabelecimento de ensino.

A reportagem não conseguiu contato com a família da menor agredida. Já a mãe da outra suposta agressora informou que só iria se pronunciar sobre o caso amanhã.

Secretaria de Educação

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, em nota oficial, que a Diretoria Regional de Ensino de Piracicaba "repudia qualquer ato de violência e informa que a direção da unidade prestou todo o atendimento à professora e à aluna".

A instituição afirmou ainda que "a polícia e o Conselho Tutelar foram acionados, os responsáveis pelos alunos foram chamados na unidade e o Conselho Escolar fará uma reunião para definir a punição aos estudantes". A diretoria de ensino também designou uma equipe de supervisores para acompanhar o caso e está à disposição da família e da comunidade escolar para prestar quaisquer esclarecimentos.

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