Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) devem aderir à greve nacional da categoria, que inicia nesta quinta-feira (17). A greve será por tempo indeterminado.
Os professores das instituições federais pedem que o governo crie uma carreira única para os docentes, com gratificações de 5% sobre os salários, divididos em 13 níveis de remuneração. O valor seria aplicado a partir do piso da categoria para 20 horas de trabalho. Eles também querem um reajuste de 22,08% e a alteração da data-base para 1º de maio.
Na UFPR, a greve foi aprovada pelos professores em uma assembleia, realizada no dia 14 de maio. A paralisação começará oficialmente a partir das 18h. Os professores da UFPR e da UTFPR resolveram seguir as orientações da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes). Outras instituições federais em todo o Brasil também devem aderir à paralisação.
Na Universidade para a Integração Latino-Americana (Unila), os professores ainda não decidiram se entrarão em greve. Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Unila (Adunila), Gisele Ricobom, os professores da instituição não são filiados à Andes e, por isso, não seguem o mesmo cronograma que a UFPR e a UTFPR.
Ricobom diz que os professores da Unila farão uma assembleia na quinta-feira (24) para definir se param ou não. “Conhecemos as reivindicações da Andes e vamos analisar se aderimos ao movimento ou não. Ainda não é possível afirmar se entraremos ou não em greve”, afirma.
A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) informou que a orientação dada aos sindicatos locais é para que não haja greve. Com isso, as aulas no Instituto Federal do Paraná (IFPR) também não devem ser afetadas pela paralisação.
Alunos
Para a mestranda Alice Grígolo, a greve dos professores pode atrapalhar a vida pessoal. Ela, que é professora de inglês em escolas particulares, conta que se a paralisação se estender por muito tempo, a reposição de aulas durante as férias irá complicar a programação do trabalho. "Neste período, em que a universidade entra em férias, geralmente as escolas abrem turmas de intensivo e eu não vou poder pegar essas aulas porque precisarei ter três dias durante a semana para o mestrado", diz.
Alice aredita que a reivindicação dos professores é justa. "Para mim, que pretendo ingressar na carreira acadêmica, as reivindicações são importantes, pois os resultados da greve serão sentidos lá na frente", acredita a aluna que passará por uma greve pela primeira vez, já que durante a graduação, em uma instituição pública estadual, nunca houve paralisação nos anos em que ela estudava.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições