Recessão põe em dúvida retorno de universidades de elite nos EUA

Recessão põe em dúvida retorno de universidades de elite nos EUA

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:02

Enquanto milhares de estudantes americanos correm para cumprir os prazos de inscrição das universidade do país, pode valer a pena perguntar-lhes: onde vocês passarão os próximos quatro anos de suas vidas realmente importa?

A estagnação da economia e o aumento nos custos das universidades apenas intensificaram as dúvidas sobre instituições famosas e caras fazerem alguma diferença. Será que as pessoas com diplomas dessas universidades ganham mais dinheiro? Será que elas conseguem mais espaço em programas profissionais melhores? Conseguem conexões melhores? E elas estão mais satisfeitas com suas vidas ou, pelo menos, com seus trabalhos?

Muitos conselheiros vocacionais das universidades vão dizer que sim, mas isso pode soar protecionista até mesmo para os pais e alunos mais distraídos.

Em geral, as respostas a tais perguntas não podem ser encontrados nos dados colhidos por rankings educacionais, que tendem a se concentrar nas médias dos exames de admissão ou taxas de rejeição das universidades. Pode ser difícil medir algo como a satisfação dos alunos cinco ou 10 anos após a conclusão do seu curso. Além disso, ao medir o sucesso ou a qualidade de vida de alguém, o que deve ser levado em consideração?

Mas economistas e sociólogos têm tentado resolver o problema. Sua pesquisa, ainda que limitada, sugere que escolas de elite podem fazer a diferença na renda e na colocação em cursos de pós-graduação. Mas felicidade na vida? Essa é uma pergunta para outro dia.

Entre as pesquisas mais citadas sobre o assunto está um estudo de economistas da Rand Corp e Brigham Young e da Universidades de Cornell, que descobriu "uma forte evidência de um retorno econômico significativo entre as pessoas que frequentaram uma instituição privada de elite e algumas evidências sugerem que esta recompensa aumentou ao longo do tempo".

Agrupando universidades pelas mesmas instâncias de seletividade utilizadas em um popular guia de instituições americanas, o Barron's, os pesquisadores descobriram que os alunos das faculdades mais seletivas ganhavam, em média, 40% mais ao ano do que aqueles que se formaram em universidades públicas, tal como calculado 10 anos depois que se formaram no colegial.

Os mesmos pesquisadores revelaram em um estudo separado que "frequentar uma universidade particular de elite aumenta significativamente a probabilidade do estudante concluir um curso de pós-graduação, mais especificamente em uma universidade de pesquisa importantes".

Uma ressalva importante: estes estudos, que acompanharam mais de 5.000 graduados, alguns por mais de uma década, já têm mais de uma década de idade. Durante esse período, é claro, o preço de uma educação em universidade de elite ultrapassou em muito o ritmo da inflação, para não falar do custo de suas concorrentes públicas (mesmo tendo em conta os altos preços de algumas universidades públicas, especialmente na Califórnia, que sofrem com as crises de orçamento do Estado).    

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