Reunião foi realizada para analisar proposta feita pelo Governo Federal

Após assembleia, professores da UFMG decidem manter greve

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:11

Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram em asssembleia realizada, em Belo Horizonte, nesta terça-feira (17), manter a greve. A maioria dos docentes votou pela continuidade da paralisação. De acordo com o Sindicato de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH), a categoria se reuniu para analisar a proposta feita pelo Governo Federal na última sexta-feira (13). A greve dos professores começou no dia 17 de maio, mas, na UFMG, os professores aderiram à paralisação no dia 19 de junho.

A proposta apresentada pelo governo prevê um reajuste aos docentes. O maior aumento é para os professores com doutorado e dedicação exclusiva, que representam 86% da categoria. Para eles, os reajustes variam de 24% a 45%. O menor salário seria de R$ 8.439,77; e o maior seria de R$ 17.057,74. Para os que têm mestrado, o menor salário seria de R$ 5.615,96; e o maior R$ 7.221,27.
Cerca de mil professores que trabalham em regime de 20 horas semanais vão ter um reajuste de 12%. Se aceito, o aumento custaria R$3,9 bilhões, que seriam pagos de forma parcelada, ao longo de três anos – 40% em 2013, 30% em 2014 e 30% em 2015.

De acordo com o diretor do APUBH, Armando Gil Magalhães, a proposta do governo não atende, pois só privilegia uma pequena parcela dos professores. “Quem não tem titulação, não consegue subir. O que o governo chamou de incentivo à titulação de doutorado é uma desvalorização do mestrado e das outras titulações”, disse Magalhães, que também é professor da UFMG.

A categoria pede um plano de carreira com reposição do salário e equiparação salarial com os funcionários do Ministério da Ciência e Tecnologia. Além da reestruturação do plano de carreira.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), as seções sindicais têm até sexta-feira para decidir se aceitam ou não a proposta do governo, e se a greve será mantida.
 

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