O debate público sobre a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) abriu perspectivas de avanços no processo de implantação da instituição. O encontro, realizado na semana passada (15 a 19 de setembro) no Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu (Paraná), teve como objetivo avaliar o projeto de lei de criação da Unila tramita no Congresso Nacional e aprofundar a discussão sobre a importância da educação, ciência e tecnologia na integração regional.
A Unila resultará do balanço entre as virtudes e os problemas de outras instituições que a precederam. Devemos aprender com as experiências do passado e olhar para o futuro, afirmou Hélgio Trindade, presidente da comissão de implantação. Durante o evento, foram apresentadas sugestões sobre o funcionamento da futura universidade.
Parlamentares se mostraram dispostos a aprovar o projeto. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, destacou ser necessário o comprometimento da educação superior com a básica. Para ele, a integração entre as disciplinas na educação superior também é fundamental. Em vez de se formar engenheiros, que se formem especialistas em energia, com conhecimento multidisciplinar, exemplificou.
Na visão do presidente do Parlamento do Mercosul, deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), a grande contribuição da Unila, sob o viés político, é a integração do continente. Segundo ele, a universidade pode ajudar outras regiões do Brasil, não só os estados fronteiriços, a participar da integração. O papel da Unila será o de integrar o Brasil de fato no Mercosul, afirmou.
O evento também teve a presença do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT-PR), relator do projeto na Comissão de Educação e Cultura da Câmara, e de reitores de universidades dos países do Mercosul.
Sede
A futura universidade deve ser bilíngüe (português-espanhol), voltada para as áreas de ciências e humanidades. Formar estudantes que contribuam para a integração e o desenvolvimento regional é o objetivo da instituição. A Unila terá sede em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira de Argentina, Brasil e Paraguai. Após implantada, deverá receber, em cinco anos, dez mil alunos e contratar 500 professores metade brasileiros e metade dos demais países da região.
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