USP aprova bônus de até 15% para alunos de escolas públicas na Fuvest

USP aprova bônus de até 15% para alunos de escolas públicas na Fuvest

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:49

A reunião do Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) terminou por volta das 16h50 desta quinta-feira (31) com a aprovação de um bônus maior nas notas dos estudantes de escolas públicas. Eles podem ganhar até 15% a mais na nota do vestibular de acordo com desempenho em duas provas do vestibular da primeira fase da Fuvest durante o ensino médio, uma no segundo e a outra no terceiro ano. Atualmente, o bônus máximo é de 12%.

Só terá direito a participar do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de São Paulo (Pasusp) o aluno que cursou os ensinos fundamental e médio exclusivamente em escola pública, mas que ainda esteja matriculado. No segundo ano do ensino médio, o estudante deverá prestar o vestibular como treineiro concorrendo ao bônus de acordo com o seu desempenho, que pode lhe valer até 5% de bônus. Para atingir este teto, ele terá de acertar 40 de 90 questões, porém ao fazer a prova terá 2% de bônus garantido, mesmo que não tenha conquistado nenhum ponto.

No terceiro ano, o aluno do Pasusp pode disputar o vestibular para uma das carreiras da USP, e sua pontuação na primeira fase pode lhe garantir um bônus de até 10%. Para isso, terá de acertar 60 das 90 perguntas. No total, somando os dois anos, o estudante pode atingir uma bonificação de 15% da nota.

"Nosso objetivo é incentivar e aproximar cada vez mais o aluno escola pública da USP", disse Telma Zorn, pró-reitora de graduação.

Esta bonificação faz parte do programa de inclusão de alunos de escola pública, o Inclusp. Implantado pela primeira vez no vestibular 2007, o Inclusp foi criado para aumentar a participação de estudantes de escolas públicas na universidade. Em 2010, essa parcela foi de 25,4% dos inscritos.

Na época, a USP afirmou que o objetivo era ter 30% dos estudantes aprovados oriundos da escola pública. Nos primeiros dois anos, foi dado bônus de 3% nas provas da primeira e da segunda fase para os vestibulandos que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas.

Em 2009, foram acrescentadas também possibilidades de bônus de até 6%, de acordo com a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e de até 3% pelo Pasusp.

Com os problemas de atraso da aplicação do Enem, a Fuvest desistiu de usar a nota do exame e ofereceu bônus de acordo com uma média de acertos na própria prova da Fuvest. O bônus universal para candidatos de escola pública foi extinto neste ano.

Conselho vai fazer nova reunião

Outras propostas de mudanças no vestibular da Fuvest, como a possibilidade de a nota da primeira fase ter peso na nota final do candidato, não tiveram uma conclusão nesta reunião. O conselho também vai avaliar tens como a redução do número de perguntas (de 20 para 16) da segunda prova da segunda fase do vestibular; aumento da nota de corte de 22 para 27 pontos e opção do vestibulando mudar de carreira caso não seja convocado após a terceira chamada.

Novos encontros do Conselho de Graduação, que reúne representantes das 42 faculdades da USP, ocorrerão nos dias 14 e 28 de abril.

Nesta quinta-feira, o Conselho decidiu também criar uma autenticação de informações dos candidatos do vestibular para evitar que os estudantes sem o ensino médio completo e que se inscrevam na categoria geral, e não a de treineiros, sejam convocados nas listas de chamadas. Este ano, a presença de vários estudantes sem a conclusão do ensino médio obrigou a USP a fazer quatro chamadas com várias vagas em aberto.

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