Pós ou segunda graduação? Na hora de dar uma guinada na carreira, essa é uma das perguntas que rondam a cabeça do profissional, que busca analisar em que tipo de formação investir para ser bem sucedido nessa mudança.
Para chegar a uma resposta, a primeira coisa a considerar é o nível de afinidade entre a primeira formação do profissional e a área na qual ele pretende atuar. A segunda graduação é indicada quando a pessoa deseja atuar em uma área bem diferente daquela em que se graduou. A pós é mais voltada à complementação, afirma Rudney Pereira Junior, gerente de projetos do Grupo Foco.
De acordo com ele, uma pós-graduação tende a ser mais valorizada pelas empresas do que várias graduações. No processo de seleção, faz mais sentido quando as experiências profissionais e a vida acadêmica se complementam, afirma.
Entretanto, Junior destaca que mudanças muito bruscas demandam uma nova graduação. É o caso de Liana Irani Afonso Cunha Rodrigues. Formada em letras e pós-graduada em educação, Liana percebeu que sua carreira tomava um rumo diferente do que ela desejava. Eu trabalhava como professora em seis lugares diferentes, inclusive na rede estadual e o desgaste era muito grande. Vida de professor não é fácil, afirma.
A carga horária elevada e a remuneração abaixo da expectativa levaram a profissional a buscar outra graduação. Surgiu uma oportunidade de trabalhar na área administrativa de um escritório de advocacia, carreira que me atraía, conta.
O conhecimento adquirido na área de letras ajudou Liana a conseguir a vaga. O inglês foi o diferencial. Depois de ingressar no escritório, Liana não teve dúvida e se matriculou no curso de direito. Hoje, no quarto ano da faculdade, a profissional já tem a oportunidade de realizar algumas tarefas da área. Busquei outra graduação porque ela era necessária para o que eu queria fazer, afirma.
Desafios do caminho
Cursar uma nova graduação pode significar um grande desafio em função do tempo para reposicionar a carreira e do relacionamento com os colegas da graduação. O que também deve se levado em consideração na escolha é o tempo cronológico, isto é, de quanto tempo o profissional dispõe para conseguir completar essa mudança de curso, observa Junior.
Além disso, algumas vezes ter de lidar com pessoas muito mais jovens exige um esforço maior de adaptação. A diferença de idade pode pesar em uma graduação. Na pós-graduação o impacto é menor, diz Licinio Mota, diretor-geral de pós-graduação da ESPM São Paulo.
De acordo com ele, o mercado aceita essas mudanças, mas cabe ao profissional conseguir fazer a ponte entre suas formações. Liana também já pensa nisso. Amo dar aula e acredito que conseguirei unir minhas habilidades ao lecionar na área de direito, que é um dos meus desejos, afirma.
Postado por: Thatiane de Souza
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