Vale a pena investir na segunda graduação?

Vale a pena investir na segunda graduação?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

Pós ou segunda graduação? Na hora de dar uma guinada na carreira, essa é uma das perguntas que rondam a cabeça do profissional, que busca analisar em que tipo de formação investir para ser bem sucedido nessa mudança.

Para chegar a uma resposta, a primeira coisa a considerar é o nível de afinidade entre a primeira formação do profissional e a área na qual ele pretende atuar. “A segunda graduação é indicada quando a pessoa deseja atuar em uma área bem diferente daquela em que se graduou. A pós é mais voltada à complementação”, afirma Rudney Pereira Junior, gerente de projetos do Grupo Foco.

De acordo com ele, uma pós-graduação tende a ser mais valorizada pelas empresas do que várias graduações. “No processo de seleção, faz mais sentido quando as experiências profissionais e a vida acadêmica se complementam”, afirma.

Entretanto, Junior destaca que mudanças muito bruscas demandam uma nova graduação. É o caso de Liana Irani Afonso Cunha Rodrigues. Formada em letras e pós-graduada em educação, Liana percebeu que sua carreira tomava um rumo diferente do que ela desejava. “Eu trabalhava como professora em seis lugares diferentes, inclusive na rede estadual e o desgaste era muito grande. Vida de professor não é fácil”, afirma.

A carga horária elevada e a remuneração abaixo da expectativa levaram a profissional a buscar outra graduação. “Surgiu uma oportunidade de trabalhar na área administrativa de um escritório de advocacia, carreira que me atraía”, conta.

O conhecimento adquirido na área de letras ajudou Liana a conseguir a vaga. “O inglês foi o diferencial.” Depois de ingressar no escritório, Liana não teve dúvida e se matriculou no curso de direito. Hoje, no quarto ano da faculdade, a profissional já tem a oportunidade de realizar algumas tarefas da área. “Busquei outra graduação porque ela era necessária para o que eu queria fazer”, afirma.

Desafios do caminho

Cursar uma nova graduação pode significar um grande desafio em função do tempo para reposicionar a carreira e do relacionamento com os colegas da graduação. “O que também deve se levado em consideração na escolha é o tempo cronológico, isto é, de quanto tempo o profissional dispõe para conseguir completar essa mudança de curso”, observa Junior.

Além disso, algumas vezes ter de lidar com pessoas muito mais jovens exige um esforço maior de adaptação. “A diferença de idade pode pesar em uma graduação. Na pós-graduação o impacto é menor’, diz Licinio Mota, diretor-geral de pós-graduação da ESPM São Paulo.

De acordo com ele, o mercado aceita essas mudanças, mas cabe ao profissional conseguir fazer a ponte entre suas formações. Liana também já pensa nisso. “Amo dar aula e acredito que conseguirei unir minhas habilidades ao lecionar na área de direito, que é um dos meus desejos”, afirma.

Postado por: Thatiane de Souza

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