O exame discursivo do vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) deste domingo (5) foi mais fácil do que exames de anos anteriores, segundo professores do Curso e Colégio pH. A exceção foi a prova de francês, que teve nível médio para difícil.
Do total de 42.759 inscritos, 3.398 (7,95%) faltaram à prova. Todos os estudantes fizeram a prova de língua portuguesa instrumental com redação. Dependendo do curso, fizeram ainda outras duas provas específicas, que podiam ser de língua portuguesa / literatura brasileira, física, história, biologia, geografia, língua estrangeira (inglês, espanhol ou francês), matemática e química.. O resultado sai em 20 de janeiro.
Segundo o professor de história Lucas Cardoso, a prova foi relativamente tranquila, mais fácil que anos anteriores. "Foi interessante por variar e cobrir questões da nova historiografia, como o enfoque cultural do período de Dom João 6º", afirmou.
De acordo com os professores de matemática Josimar Silva e Alexandre de Azevedo Silva, foi mais fácil que anos anteriores. Teve nível de dificuldade pertinente ao tempo de prova. As questões que exigiram mais atenção foram a 6 e a 9, ambas sobre geometria espacial. "Faltou abordar geometria analítica", disse Alexandre.
A prova de geografia teve nível de dificuldade fácil, segundo o professor Thiago Kiefer. Abordou vários assuntos na mesma questão. Trouxe perguntas atuais, como política externa americana, aquecimento global e criação de novos estados.
De acordo com a professora de inglês Verônica Campos, a prova estava mais fácil que as de anos anteriores. O assunto dos textos era ecologia, que é interessante e os alunos dominam. O uso de propaganda é positivo porque os candidatos gostam desse tipo de texto, segundo Verônica.
A prova de francês teve nível médio para díficil, de acordo com o professor Leandro Tôrres. Estava bem elaborada. Exigiu domínio de gramática, fluidez e maneirismos. Trouxe duas questões de gramática contextualizada e duas sobre recursos gráficos. "O estudante tinha que correlacionar ideias do texto", afirmou.
A prova de biologia estava fácil, segundo o professor Rafael Carvalho. Abordou vários assuntos da biologia, mas esqueceu botânica. Teve enunciados claros e uso de gráficos. Repetiu assuntos de outros anos, como divisão celular e secreção de proteínas. O professor discorda da resolução da Uerj sobre parte da questão 4, que aborda excreção de peixes. A resposta está muito específica, disse.
Para o professor de química, Gustavo Schueler, a prova foi fácil, heterogênea e trouxe questões diretas. A diferença para anos anteriores foi a abordagem de apenas uma pergunta sobre estequiometria e cálculo de pH de soluções. "Normalmente, cai mais de uma questão", afirmou.
Para o professor de língua portuguesa e literatura Raphael Hormes, as provas estavam fáceis. Na prova de língua portuguesa instrumental com redação, todos os textos falavam sobre comunicação na atualidade. "Quem lê teve facilidade para fazer", disse. A prova de língua portuguesa e literatura brasileira, voltada para candidatos de cursos como direito, trouxe questões que cobravam classificações gramaticais e nomenclaturas literárias associadas ao texto.
A prova de física estava simples, segundo o professor Francisco Schueler. As questões ressaltaram mecânica e eletricidade. "Faltou hidrostática, trabalho e energia e conceito de calor, que devem aparecer em todo exame específico", segundo o professor.
A prova de espanhol teve nível médio de dificuldade, de acordo com a professora Andréa Ciuffo. A prova trouxe dois textos. O segundo cobrou associação de linguagem verbal e não verbal. "De maneira geral, se preocuparam mais com ideias do texto e menos com palavras isoladas", disse a professora.
Por: Fernanda Nogueira
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