O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Antonio Dias Toffoli, comparou neste domingo (5) as dificuldades enfrentadas por parte dos eleitores brasileiros com os equipamentos de leitura biométrica acoplados às urnas eletrônicas à compra de um "carro novo". Segundo o magistrado, os problemas registrados em alguns municípios que adotaram a leitura biométrica se deram pela dificuldade que os eleitores estão tendo ao votar pela primeira vez nas máquinas que leem as impressões digitais.
Até o início da tarde, havia registros de grandes filas para votar em seções eleitorais de Goiânia, Teresina, Niterói (RJ) e Divinópolis (MG) em razão de esses municípios já terem adotado o sistema de biometria. Segundo eleitores, a principal dificuldade para votar nesses equipamentos se deu por conta de problemas de reconhecimento das digitais.
"Como essa está sendo a primeira eleição no Distrito Federal em que 100% da população está identificada biometricamente, muitas vezes há dificuldade no posicionamento do dedo. [...] Não podemos intervir fisicamente, então, tem que haver orientação. Mas isso tudo faz parte de um aprendizado. É como comprar um carro novo, às vezes, você compra um carro novo e não sabe onde abre o tanque de combustível", disse Toffoli durante coletiva de imprensa, na sede do TSE, na qual ele apresentou um balanço parcial de ocorrências registradas no país durante as primeiras horas de votação.
Neste ano, cerca de 21,6 milhões brasileiros vão votar usando a identificação biométrica. Esse número, que representa 15,18% de todo o eleitorado do país, está distribuído por 762 municípios, incluindo 15 capitais, como Goiânia, São Luís, Recife e Curitiba.
Mesmo com as reclamações de alguns eleitores por conta da demora para votar nas urnas com identificação biométrica, o presidente do TSE ressaltou que não prevê votações além do horário-limite. Os eleitores que tiverem entrado na fila até as 17h poderão votar após esse horário com senha fornecida pelos mesários. "Mas dificilmente vai ter essa demora, só se for um caso isolado”, ponderou o ministro.
"Temos que ter toda a paciência. O que temos que garantir é que o eleitor vote. Isso pode formar uma fila, mas temos que ter paciência sem interferir. A Justiça Eleitoral aguardará aquele eleitor”, complementou Toffoli.
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