Borges arrebenta, e Santos busca empate após levar 3 a 0 do Inter

Borges arrebenta, e Santos busca empate após levar 3 a 0 do Inter

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

O Beira-Rio foi palco de um renascimento daqueles raros no futebol. Sonolento, dando sinais de estar pouco interessado, o Santos acordou de um 3 a 0 contra para buscar, em menos de 20 minutos, o empate por 3 a 3 contra o Inter. Borges foi impressionante. Fez dois gols e deu o passe para o outro, marcado por Alan Kardec.

O Inter vencia por 3 a 0. Parecia ter os três pontos no bolso. E quase foi derrotado. Bolívar, Leandro Damião e Oscar, de pênalti, fizeram os gols vermelhos, diante de uma torcida que passou da euforia à incredulidade.

A vitória derrubou o Inter para a décima colocação, com 28 pontos, a sete do São Paulo, atual último classificado para a Libertadores. O Santos, com 23, é o 14º. Na próxima rodada, o Colorado visita o Ceará, e o Alvinegro recebe o Botafogo. Os dois jogos são no domingo.

Quando Nei dá chapéu em Neymar...

Em vez de dizer que o Inter foi uma enormidade superior ao Santos e fez 2 a 0 no primeiro tempo, bastaria afirmar que Nei deu um chapéu em Neymar. Nei, marcador, lateral do tipo batalhador, deu um chapéu no craque. Foi um resumo dos primeiros 45 minutos. Não foi um chapelão daqueles de tirar foto e colocar ao lado do verbete em dicionários ilustrados, mas foi um chapéu. De Nei. Em Neymar.

Foi uma inversão. Muito se espera de Neymar; de Nei, nem tanto. Mas o grande jogador do primeiro tempo foi o lateral-direito do Inter. Ele não errou nada. Nem uma raspa de lance. Nem uma vírgula. Nada, nada. Desarmou Neymar, desarmou Léo, grudou nos adversários feito gordura em louça acumulada há 15 dias na pia. E fez um cruzamento para gol – como (quase) sempre, de Damião.

Mas isso é assunto para depois. Porque antes, já superior em campo, o Colorado pulou na frente. O primeiro gol, a exemplo do segundo, foi resultado de jogada aérea. Elton pegou sobra de escanteio pela esquerda e mandou na cabeça de Bolívar. O zagueiro subiu bem e fez o gol.

A verdade é que o Santos jamais se encontrou em campo na etapa inicial. Ganso teve um ou outro lance de encaixe, mas parece sem a embocadura de antes da lesão – é preciso tempo, como bem lembrou Dorival Júnior, técnico do Inter, ao falar sobre seu ex-jogador. Neymar não teve vitória pessoal. Borges esteve sempre cercado por defensores. Quando uma bola sobrou para ele, Muriel saiu bem para abafar a conclusão.

O Inter foi mais sólido. Pareceu jogar com pernas mais firmes (e Nei foi a exemplificação máxima disso). Andrezinho esteve bem no meio, em um meio-termo entre a composição defensiva e a chegada ao ataque. Guiñazu correu como sempre corre. Kleber apareceu bem na esquerda. Até Dellatorre, apagado nos últimos jogos, mostrou bom rendimento.

E o time gaúcho tem Leandro Damião. E ter Leandro Damião significa ter gol. Nei, na ponta direita, colocou a bola na cabeça do centroavante, com a precisão dos matemáticos. O centroavante subiu para marcar seu 35º gol em 2011.

Santos renasce e empata

O Santos voltou menos dorminhoco no segundo tempo. Equilibrou o jogo, teve chances, incomodou – geralmente com Borges. Mas o Inter manteve sua força ofensiva. E fez o terceiro. Bolívar foi puxado dentro da área. A arbitragem marcou pênalti. Oscar bateu e fez. O 3 a 0 tinha toda a pinta de vitória certa.

Ledo engano. Do nada, o Santos resolveu jogar bola. E Borges foi decisivo no processo. Primeiro, de cabeça, aproveitou cruzamento da direita e deu vida ao time de Muricy Ramalho. Depois, foi o dono da assistência para Alan Kardec, ex-Inter, jogar combustível na partida.

A torcida colorada passou a ter calafrios, em meio à irritação pela anulação de gol de Elton, sob alegação de impedimento. E tinha toda a razão. Borges, destruidor, se livrou de metade do time vermelho e empatou. Golaço.

O Inter entrou em pânico. Correu o risco de perder. Neymar cresceu na partida e quase fez o quarto. Mas seguiu o empate, heróico para um Santos antes adormecido, lamentável para um Colorado antes acordado.                    

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