Brasil derrota Belarus e vence a primeira no Mundial

Borges e Chiuffa brilham, marcam 16 gols juntos e guiam seleção à vitória. Essa é a terceira vez que o país leva a melhor sobre uma equipe europeia na história do torneio

Fonte: globo.comAtualizado: segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 às 16:08
Brasil derrota Belarus e vence a primeira no Mundial
Brasil derrota Belarus e vence a primeira no Mundial

Depois de uma atuação ruim diante do Catar, o Brasil já havia demonstrado contra a Espanhao seu potencial. O triunfo sobre os atuais campeões mundiais não veio por pouco no sábado, mas enfim a seleção verde-amarela conquistou a primeira vitória no Mundial do Catar. Nesta segunda-feira, contra Belarus, no Lusail Hall, os comandados do técnico Jordi Ribera foram bem novamente, principalmente Borges (nove gols) e Chiuffa (sete), e derrotaram Belarus, por 34 a 29. O ponta-esquerda, artilheiro do Brasil, foi eleito o melhor jogador da partida.

Essa foi apenas a terceira vitória do Brasil sobre uma equipe europeia na história do Mundial. As outras foram sobre a Sérvia em 2009 e sobre Montenegro em 2013. Nesta edição, foi a primeira vez que uma equipe europeia foi derrotada por uma seleção de outro continente. Na primeira rodada, a Argentina chegou a empatar com a Dinamarca em 24 a 24.

A vitória sobre Belarus, a primeira da equipe no Mundial, manteve a seleção brasileira na quarta colocação do Grupo A e dentro da zona de classificação para as oitavas de final - os quatro primeiros de cada chave avançam. O Brasil tem agora dois pontos e está atrás de Espanha, Catar e Eslovênia. Belarus e Chile ocupam as duas últimas posições.

Em outra partida do Grupo A, a Espanha atropelou o Chile por 37 a 16. Catar e Eslovênia, também no Lusail Hall, às 14h (de Brasília), completam a terceira rodada da chave.

O Brasil terá pela frente a Eslovênia, nesta quarta-feira, às 12h (de Brasília), com acompanhamento em Tempo Real do GloboEsporte.com. O SporTVtransmite o jogo ao vivo, e assinantes do Canal Campeão também podem assistir pelo SporTV Play.

O jogo

Logo depois de Bombom defender o primeiro arremesso da partida, Zé e Tchê já entraram em quadra no lugar de Teixeira e Thiagus para a primeira investida brasileira - as trocas foram recorrentes ao longo da partida. Ambas as defesas se mostraram bem no início, tanto que os três minutos da partida não tiveram gol. Os irmãos Rutenka, primeiro Dzianis e depois Siarhei, o craque de Belarus, movimentaram pela primeira vez o placar e botaram os europeus em vantagem. Em seguida Chiuffa descontou de pênalti.

Quando Babichev tomou dois minutos de punição, Japa entrou no jogo e guiou os ataques brasileiros, deixando Chiuffa e Teixeira livres para empatarem em 3 a 3. O camisa 19 inclusive foi responsável por colocar o Brasil pela primeira vez à frente na partida (5 a 4), numa finalização cheia de categoria, no canto do goleiro Charapenka. Chiuffa brilhou a partir daí, convertendo um pênalti com estilo e anotando também o quinto dele numa corrida de quatro gols do Brasil, completada por Borges e Japa (9 a 6). A vantagem numérica foi crucial, já que Belarus ficou seis minutos com um jogador a menos na primeira metade da etapa inicial (duas punições de Babichev e uma de Tsitou).

Melhor que os adversários, o Brasil voltou a ter a frente de três gols, após novos tentos de Borges e de Japa (11 a 8). E nem mesmo o tempo pedido pelo técnico Iouri Chevtsov fez os europeus reverterem o quadro da partida. Apagado, Siarhei Rutenka só foi marcar o segundo gol dele aos 20 minutos. Thiagus deu a resposta acertando o ângulo de Charapenka. Os irmãos Rutenka voltaram a balançar a rede, uma vez cada, mas a seleção de novo veio com o troco em dois gols de Borges.

No final da etapa, Japa acertou de longe a meta e deu ao país a vantagem de quatro gols. Nos últimos segundos, Thiagus ainda ampliou para o Brasil. Para infortúnio da seleção, Kniazeu diminuiu no último segundo. Mas o pior foi que Teixeira e Valadão sofreram a punição de dois minutos, tendo que cumpri-la no começo do segundo tempo.

Os quatro jogadores que precisavam segurar o sexteto de Belarus no retorno da partida foram Japa, Thiagus, João e Zeba. A posse de bola foi brasileira, e o capitão da seleção procurou mantê-la ao máximo. Thiagus até marcou e a vantagem caiu somente um gol (17 a 14) até o time voltar à força máxima com as entradas de Vinícius e Lucas. Rick também acabou entrando no lugar de Bombom. Mesmo assim, Belarus cresceu, principalmente com a melhora de Siarhei Rutenka, que fez três gols e ajudou os europeus a encostarem no placar (19 a 18).

Aos poucos a seleção também foi furando a forte marcação adversária e a meta de Charapenka. A estratégia aplicada por Jordi foi explorar os pontas. Enquanto Chiuffa estava sendo poupado e Lucas estava em seu lugar, Borges era a principal fonte de gols. O camisa 18, com seu sétimo gol, fez 22 a 19 para o Brasil. Enquanto Siarhei Rutenka já demonstrava irritação pela ineficiência de Belarus no ataque, Valadão também se apresentava como uma segunda rota, com dois gols pelo meio (24 a 20). Também foi por lá que Tchê fez o 25º gol brasileiro.

Chiuffa retornou a jogo aos 23 minutos do segundo tempo e já fazendo o sexto gol dele, de pênalti (27 a 22). Ele ainda marcaria mais uma vez e Borges outras duas num bom final de partida do Brasil, que alcançou a larga frente de 32 a 26 a dois minutos do apito final. No desespero, Belarus tentou buscar a reação, mas abriu a retaguarda para o contra-ataque brasileiro. Thiagus foi bem, anotando dois gols nesse final, em que o Brasil enfim foi vencedor num jogo do Mundial: 34 a 29.

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