Campeão e consagrado, Marcos não queria jogar Copa do Mundo de 2002

São Marcos e Copa de 2002

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:17

Ídolo máximo do Palmeiras nos últimos anos, o goleiro Marcos se tornou reconhecido internacionalmente depois de sua participação decisiva no pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira, em 2002. Mas por pouco o “Santo” não viajou com a delegação para a Ásia (a Copa foi disputada na Coreia do Sul e no Japão). A enorme pressão sobre o técnico Luiz Felipe Scolari quase fez Marcos largar tudo: na época, a opção pelo palmeirense em detrimento a Rogério Ceni e Dida era contestada.


Felipão, porém, bancou sua preferência por Marcos e foi recompensado no fim. Os jogos contra a Bélgica, nas oitavas-de-final, e Alemanha, na decisão, são os mais lembrados pelo “Santo” em sua passagem pelo Mundial. Mas ele admite que chegou a pensar em desistir de jogar a Copa do Mundo.


– Eu não queria jogar, porque o Rogério e o Dida estavam voando e o pessoal me cornetava. Mas no fim deu certo e para mim foi uma emoção fortíssima. Ter servido ao Brasil foi especial para mim – disse o goleiro.
Agora aposentado, Marcos se lembra com carinho da convivência no ambiente da Seleção. Em 2002, seu principal companheiro foi o “rival” Rogério Ceni, ídolo do São Paulo e constante alvo de comparações com o palmeirense. Ceni foi um dos primeiros a enviar uma mensagem para Marcos depois do adeus.

Na Copa, Marcos não foi eleito o melhor goleiro, prêmio reservado ao alemão Oliver Kahn. No entanto, foi lembrado pela diretoria do Palmeiras como um dos grandes nomes da campanha do título mundial. Durante a entrevista de despedida do ídolo, o presidente Arnaldo Tirone chegou a “cornetar” a Fifa, dizendo que a escolha foi injusta. Marcos, porém, não se importa. As maiores lembranças do “Santo” vêm dos momentos mais simples.


– Uma coisa que me marcou foi o Felipão colocando imagens de brasileiros sofrendo, de alagamentos, coisas difíceis, aí em campo o pessoal voava. Mas para mim, a coisa mais emocionante foi perfilar e cantar o hino nacional. Isso é muito legal – relembrou o “Santo”.
Hoje aposentado e de cabeça fria, Marcos diz que o título mundial foi um dos mais importantes de sua carreira. Mas no calor do momento, o goleiro diz que conquistar o planeta foi tão gratificante quanto participar da campanha do acesso do Palmeiras à Série A do Brasileiro, em 2003, um ano depois de um trágico rebaixamento.
– O jogador de futebol não liga muito para a importância do título. Eu achava besteira na época, mas a importância de ser campeão do mundo e da Série B é igual, pelo menos no momento em que acontece. Depois a repercussão é diferente, claro, mas o sofrimento que você tem nas competições é o mesmo – destacou Marcos.

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