Conca faz a diferença, e Fluminense derrota o Avaí na Ressacada: 1 a 0

Conca faz a diferença, e Fluminense derrota o Avaí na Ressacada: 1 a 0

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

                                  A primeira vitória do técnico Abel Braga em seu retorno ao Fluminense foi bem ao estilo tricolor: guerreira. Com um jogador a menos desde o fim do primeiro tempo, após a polêmica expulsão de Rafael Moura, o time carioca ainda conseguiu dominar boa parte do jogo e derrotou o Avaí por 1 a 0 neste domingo, na Ressacada. Com muito frio em Florianópolis, o Tricolor reencontrou o caminho das vitórias após dois resultados negativos diante de Corinthians e Bahia. Já o time catarinense segue sem saber o que é vencer no Campeonato Brasileiro e deixou o gramado sob protestos de seus torcedores.

O nome do jogo foi o argentino Conca. De seus pés sairam várias oportunidades e ainda o gol da vitória tricolor. Na comemoração, todos os jogadores do Fluminense correram para abraçar o camisa 11, em um claro apoio diante das constantes críticas às atuações recentes do jogador na atual temporada. No finzinho, o apoiador deu lugar a Ciro e deixou o gramado muito aplaudido pelos tricolores que foram à Ressacada. Coincidentemente, a última vitória do Tricolor sobre o Avaí também havia sido por 1 a 0, gol de Conca, pelo Brasileiro de 2010. Com o resultado deste domingo, o time carioca chegou aos nove pontos e subiu para a oitava posição após seis rodadas, enquanto os donos da casa continuaram na lanterna da competição, com apenas um ponto.

O Fluminense volta a campo na próxima quinta-feira, para enfrentar o Atlético-PR, às 21h (de Brasília), no Engenhão. Já o Avaí encara o Grêmio, um dia antes, às 19h30m, no Olímpico.     Conca tenta passar pela marcação do avaiano Acleisson (Foto: agência Photocamera)

    Domínio, gol e expulsão exagerada

Com o frio que fazia na Ressacada, cerca de 10ºC, o jogo começou corrido. Logo no início, um recuo do zagueiro Gustavo Bastos, que o goleiro Aleks pegou com as mãos, gerou a primeira chance do Fluminense. O chute na barreira do atacante Rafael Moura mostrou a dificuldade que o Tricolor teria de chegar ao gol do Avaí em boa parte do primeiro tempo. Na cabeça do técnico Abel Braga, o esquema 4-5-1 treinando durante a semana não deixaria a equipe defensiva, uma vez que Souza, Marquinho e Conca tinham a missão de encostar em He-Man. Mas não foi isso que aconteceu nos primeiros 20 minutos.

Com os laterais Carlinhos e Mariano presos na defesa, o Tricolor tinha dificuldades na saída de bola. Lanterna do Campeonato Brasileiro com apenas um ponto em seis jogos, o Avaí justificava as vaias de seus torcedores com muitos passes errados. O time do técnico Alexandre Gallo só chegava perto do gol de Diego Cavalieri em jogadas de bola parada. E todas as chances iam, invariavelmente, para fora.      

                                      À beira do gramado, Abel Braga esbravejava a cada erro tricolor. De tanto reclamar, o técnico conseguiu acordar seus jogadores. Bastou Carlinhos e Mariano entrarem no jogo para o Fluminense passar a dominar a partida. Na defesa, o zagueiro Márcio Rosário se destacava com boas antecipações e passava segurança aos companheiros. No ataque, as chances começaram a surgir. Marquinho já tinha perdido uma ótima oportunidade na pequena área ao cabecear em cima de Aleks, quando o Tricolor abriu o placar. Marquinho cruzou, a bola passou por Rafael Moura e sobrou para Conca: 1 a 0, aos 37 minutos. A comemoração registrou uma bela cena: todos os outros nove jogadores do clube das Laranjeiras correram para abraçar o argentino, que vem sendo criticado por suas atuações na atual temporada.

Mas o que parecia o início de uma tarde tranquila para o Fluminense em Florianópolis, logo virou complicação. Um minuto após o gol tricolor, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira expulsou o atacante Rafael Moura, alegando cotovelada do atacante no zagueiro Gustavo Bastos em uma disputa normal de bola. Pouco antes, o juiz tinha dado apenas cartão amarelo para o volante Bruno após entrada por trás em Conca.

Guerreiros tricolores; protestos avaianos

A já esperada pressão do Avaí em busca do empate começou junto com o apito inicial da segunda etapa. Com menos de um minuto, o goleiro Diego Cavalieri precisou se virar para evitar o gol catarinense após boa cabeçada de William. As duas substituições do técnico Alexandre Gallo, colocando Cleverson e Fábio Santos nas vagas de Bruno e Julinho, respectivamente, deixaram a equipe catarinense um pouco mais ofensiva. Sem Rafael Moura, Abel manteve o mesmo time para a etapa final, com Conca jogando avançado.

Apesar da vantagem e da superioridade na posse de bola, o Avaí mostrava em campo por que segura a lanterna do Campeonato Brasileiro. Errando demais, o time catarinense vivia de alçar bolas na área tricolor. Em uma delas, Rafael Coelho, livre, cabeceou para fora. Enquanto isso, mesmo sem um atacante de ofício em campo, o Fluminense seguia criando as melhores chances e quase ampliou o placar com Conca, três vezes, Carlinhos e Souza. No melhor espírito guerreiro, os tricolores corriam sem parar.

A última tacada do técnico Alexandre Gallo foi a entrada do atacante Maurício Alves, revelado em Xerém, no lugar do volante Acleisson. Abel, por sua vez, trocou Marquinho por Matheus Carvalho. O jovem tricolor puxou bons contragolpes e foi e o Fluminense se manteve sempre mais perto do segundo gol do que o Avaí do empate.

Já no finzinho, Abelão tratou de segurar o jogo. Souza deu lugar a Fernando Bob, e Conca saiu para a entrada de Ciro. O Tricolor se protegeu bem e levou a partida até o apito final sem sustos. Em meio a vaias da torcida do Avaí para seus atletas, Abel Braga reuniu os jogadores no meio do campo. E sob o frio de Florianópolis, agradeceu um a um pelo empenho e dedicação que garantiram sua primeira vitória no retorno às Laranjeiras.          

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